Higiene ocupacional: o que você precisa saber?

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A prevenção de acidentes de trabalho é fundamental para a vida e para a segurança dos trabalhadores. Contudo, muitos têm dúvidas sobre o assunto e uma delas é quanto ao conceito de higiene ocupacional e sobre como ela pode contribuir para o dia a dia das empresas.

Esse termo representa uma ciência que dispõe de um conjunto de procedimentos que buscam preservar a saúde e a integridade física dos colaboradores no ambiente de trabalho. Além disso, ela atua na promoção do bem-estar e na qualidade de vida de todos aqueles que estão expostos diariamente a vários riscos prejudiciais. Para ajudá-lo a compreender os pormenores, preparamos este post. Confira!

Qual é a importância da higiene ocupacional?

As doenças ocupacionais são responsáveis por incapacitar e, até mesmo, por matar trabalhadores em todo o mundo. Assim, existem estratégias e técnicas preventivas que são capazes de evitar grande parte delas e uma dessas ações é a observância da higiene ocupacional. Isso porque se trata do processo responsável por antecipar, identificar, avaliar e controlar agentes ou processos produtivos usados que podem gerar riscos à saúde e à integridade de funcionários no ambiente laboral.

Ela é de fundamental importância e contribui significativamente para o desenvolvimento da qualidade de vida dos trabalhadores dentro dos empreendimentos. Além de prevenir possíveis doenças ocupacionais, é um mecanismo que garante a proteção do profissional.

Muitos empresários ignoram a extensão dos conhecimentos necessários para assegurar e proteger o trabalhador. Por isso, é importante saber que espaços ocupacionais higienizados contribuem para evitar doenças, além de preservarem o meio ambiente. Por exemplo, se um produto tóxico for eliminado de um processo de trabalho, ou usado sob um controle rigoroso, não afetará a saúde dos colaboradores ou do meio ambiente. Portanto, a boa prática da higiene ocupacional é capaz de contribuir positivamente para o desenvolvimento social, econômico e sustentável de qualquer empresa.

Qual é a diferença entre higiene ocupacional e segurança do trabalho?

É comum que ocorra alguma confusão entre higiene ocupacional e segurança do trabalho. Afinal, apesar de serem conceitos diferentes, é possível perceber uma relação no que tange à segurança e à integridade física do colaborador.

A distinção entre eles é que a higiene do trabalho atua com a avaliação de riscos que possam provocar doenças ocupacionais, enquanto a segurança ocupacional tem a finalidade de prevenir e controlar os riscos referentes à operação.

Quais são as normas de higiene ocupacional?

A higiene ocupacional é regida por várias normas, regulamentos e leis que direcionam os procedimentos mais adequados para proteger a saúde do profissional e o meio ambiente. Veja, a seguir, quais são as principais!

NHO 01 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído

Trata-se de uma norma de higiene ocupacional que define critérios para mensurar a exposição dos funcionários aos ruídos contínuos, intermitentes ou de impactos, que podem provocar surdez. Por exemplo, ela dispõe acerca de quantos minutos o trabalhador pode ficar exposto a uma quantidade determinada de ruído, qual é o limite de tolerância para a exposição ao ruído de impacto, entre outras questões.

NHO 06 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor

Essa norma versa a respeito da exposição do profissional ao calor. Nesse caso, ela aponta quais são os limites de tolerância, as vestimentas apropriadas, os equipamentos a serem usados para medir o calor e demais informações. Além disso, apresenta cálculos de exposição ao calor que devem ser aplicados para decidir se a condição atual deve ser mantida ou se estratégias preventivas ou corretivas precisam ser implementadas.

NHO 09 – Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro

É uma norma que retrata a avaliação da exposição de vibrações de corpo inteiro, com o intuito de prevenir e administrar riscos. Não deve ser confundida com a NHO 10, que trata acerca da vibração de mãos e braços.

Ela também apresenta equipamentos, como calibradores e transdutores de vibração, e aponta como eles precisam ser instalados para fazer as medições usadas em cálculos que definem a exposição diária.

Quais são as etapas da higiene ocupacional?

A higiene ocupacional busca prevenir, reconhecer, avaliar e controlar os riscos ocupacionais. Ou seja, podemos dividir os seus objetivos em quatro etapas.

Prevenção do risco

Essa etapa é centrada na realização e na avaliação de riscos potenciais. Além disso, ela visa a estabelecer medidas preventivas antes que algum processo industrial seja implementado ou modificado.

Reconhecimento do risco

Aqui é onde se inicia a avaliação quantitativa da identificação dos riscos ambientais que podem representar perigos à saúde humana. Nessa etapa, começa um estudo sobre as matérias-primas, as mercadorias, os métodos e os procedimentos de rotina, as instalações, as ferramentas existentes e os processos produtivos.

Avaliação de risco

Essa etapa é responsável por iniciar a avaliação quantitativa de riscos. São levados em conta os limites de tolerância estabelecidos pela NR 15. Essa norma dita que é preciso haver concentração ou intensidade mínima ou máxima para que haja relação com a natureza e o tempo de exposição ao agente. Isto é, para que não ocorra nenhum dano à saúde do colaborador no decorrer de suas atividades.

Controle de risco

Essa etapa se relaciona com a minimização ou com a eliminação dos riscos antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente laboral.

Quais os riscos ambientais?

Os riscos ambientais são quaisquer danos em potencial à saúde e à integridade física do colaborador no decorrer do exercício das funções relacionadas ao trabalho. Esses riscos são divididos como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.

Riscos físicos

Os riscos físicos são definidos pelos danos à saúde e ao bem-estar dos colaboradores provocados por máquinas ou condições do ambiente laboral. Exemplos que podem atingir os trabalhadores são:

  • calor;
  • ruídos;
  • ionizantes;
  • vibrações;
  • radiações;
  • frio;
  • pressão.

Riscos químicos

Os riscos químicos são originários de processos químicos em qualquer um dos três estados: líquido, sólido ou gasoso. Ou seja, podem ser determinados como os danos à saúde dos colaboradores que podem ocasionar reações tóxicas. Exemplos de riscos químicos que podem afetar os trabalhadores são:

  • vapores;
  • gases;
  • fumos;
  • poeiras;
  • neblinas;
  • névoas;
  • produtos químicos em geral.

Riscos biológicos

Os riscos biológicos são motivados por micro-organismos que disseminam doenças devido ao trabalho. Exemplos de riscos biológicos que podem afetar os trabalhadores são:

  • protozoários;
  • vírus;
  • bacilos;
  • bactérias;
  • fungos.

Riscos ergonômicos

Os riscos ergonômicos são qualificados pelos problemas do mau uso da ergonomia. Esses riscos manifestam-se de acordo com os postos de trabalho dos profissionais, quando não são adequados às características psicofisiológicas.

Ou seja, a meta da ergonomia do trabalho é cuidar das condições de trabalho, trazendo conforto aos trabalhadores na realização das tarefas no ambiente de trabalho, de forma a não causar quaisquer danos à saúde e ao bem-estar. Exemplos de riscos ergonômicos que podem atingir os colaboradores são:

  • postura inadequada;
  • imposição de ritmos excessivos;
  • esforço físico excessivo;
  • levantamento e transporte manual de peso;
  • estresse físico ou psicológico;
  • controle rígido de produtividade;
  • monotonia e repetitividade;
  • trabalhos em turno noturno;
  • jornada de trabalho prolongada.

Riscos mecânicos (acidentes)

Os riscos mecânicos surgem devido às condições físicas inadequadas, que podem, assim, provocar danos à saúde dos colaboradores. Exemplos de riscos mecânicos são:

  • arranjo físico inadequado;
  • mecanismos inadequados ou defeituosos;
  • incêndio ou explosão;
  • animais peçonhentos;
  • máquina e ferramentas sem a devida proteção;
  • iluminação inadequada;
  • outras situações de riscos que podem ocasionar acidentes.

Assim, a higiene ocupacional tem como meta antecipar, reconhecer, avaliar e controlar todos esses cinco riscos ambientais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos).

Quem é o responsável pela higiene ocupacional?

Quem normalmente realiza a higiene ocupacional é uma empresa especializada em Engenharia e Medicina do Trabalho. Ela é que auxilia outros empreendimentos a manterem uma rotina de trabalho mais saudável para os profissionais envolvidos. Além do mais, ela ajuda na adequação às Normas Regulamentadoras (NRs).

Quais são os benefícios de investir em higiene ocupacional?

Ao investirem em higiene ocupacional, os empreendimentos mantêm uma metodologia voltada para o bem-estar e para a saúde dos profissionais. Os benefícios ao investir em higiene ocupacional são diversos, como redução dos acidentes de trabalho e dos processos trabalhistas; otimização do rendimento da equipe e queda ou até erradicação do absenteísmo (quantidade de colaboradores afastados). Essas vantagens fazem com que a higiene ocupacional seja bastante importante para o sucesso dos negócios.

Como implementar os cuidados com a higiene ocupacional?

O primeiro passo para implementar de forma eficiente o sistema de higiene ocupacional é seguir atentamente todas as etapas mencionadas. Dessa forma, fica mais fácil desenvolver uma política com base em resultados e adquirir total confiança de que as estratégias desenvolvidas realmente vão funcionar.

Para complementar essa prática, o ideal é oferecer um bom plano de saúde para a equipe de colaboradores. Afinal, essa medida possibilita que eles cuidem mais de sua saúde fora do ambiente laboral, reforçando a ideia de medicina preventiva. É importante ter em mente que quanto mais a empresa busca promover a garantia de atenção à saúde dos trabalhadores, mais benefícios e resultados positivos serão alcançados, tanto para o empregado quanto para o empregador.

Agora que você já sabe o que é higiene ocupacional, elabore uma estratégia eficiente para começar a cuidar do ambiente de trabalho. Insira essa cultura na vida laboral dos trabalhadores, pois todos aproveitarão várias vantagens com essa prática.

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