Segurança alimentar: o que você precisa saber sobre isto?

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A segurança alimentar é um tema nem sempre bem compreendido pelas empresas do ramo alimentício. Não se trata, apenas, de produzir alimentos livres de contaminantes. É preciso fornecer produtos providos de qualidade nutricional — ou seja, além de seguros, eles precisam ser nutritivos.

Inclusive, há uma legislação específica sobre o assunto. Logo, para entregar alimentos adequados ao consumo humano, é fundamental atentar ao que diz a lei e seguir boas práticas de produção. Não são apenas os consumidores que ganham com isso, afinal, as empresas também se beneficiam ao atuar de acordo com os preceitos da segurança alimentar.

Neste artigo, definimos segurança alimentar, explicamos como surgiu o conceito e de que forma colocá-lo em prática, abordamos acerca da legislação e esclarecemos a importância do tema para os negócios. Confira!

O que é segurança alimentar?

Segurança alimentar é o agrupamento de regras que determinam quais são as melhores práticas de produção, transporte e armazenamento de itens alimentícios. Tais normas abrangem, por exemplo, fatores microbiológicos e sensoriais. O objetivo é fornecer ao consumidor um produto seguro, ou seja, que não provoque risco à saúde ao ser ingerido.

No contexto da segurança alimentar, os produtos devem estar livre de contaminantes físicos (fragmentos de roedores e insetos, plásticos, metais), químicos (pesticidas, metais pesados, drogas veterinárias, sanitizantes) e biológicos (fungos, bactérias, vírus, toxinas). Afinal, eles geram infecções — muitas delas graves.

Diferentemente da segurança de alimentos — prática que impede o risco de contaminação e pode ser feita nas indústrias, no comércio (restaurantes, por exemplo) e em casa —, a segurança alimentar é uma questão de saúde pública, pois está associada à qualidade nutricional e à oferta de produtos seguros para o consumo da população.

Como surgiu esse conceito?

O termo segurança alimentar tem origem militar, por isso, inicialmente era visto como uma questão de segurança nacional. Ele surgiu na Europa logo depois da Primeira Guerra Mundial. Com o conflito, percebeu-se que um país poderia dominar o outro por meio do controle de abastecimento de alimentos.

Portanto, era preciso ter potencial para produzir a própria comida ou estocá-la suficientemente em uma situação de guerra. Nessa conjuntura, impedir o abastecimento de itens para o consumo humano era uma estratégia importante para controlar uma nação e vencer o conflito.

Não é à toa que a falta de alimentos também foi observada mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial. Contudo, ao término dos confrontos, foi criada a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Desde 1948, a alimentação é considerada um direito básico dos seres humanos.

O que diz a legislação brasileira?

Diferentes fatores provocam insegurança alimentar em uma sociedade. Entre eles, vale citar o alto preço dos produtos, as mudanças no clima, a má distribuição de renda, o crescimento populacional, a perda de terras produtivas para o desenvolvimento industrial e, até mesmo, os conflitos políticos.

Para impedir que esses eventos deixem as pessoas desprovidas de alimentos de qualidade, foi criada a Lei de Segurança Alimentar e Nutricional nº 11.346, de 2006. O documento garante o acesso à alimentação segura e nutritiva a toda a população, não importa o sexo, a raça, a religião ou a localidade onde vive.

Só assim, o indivíduo estará em situação de segurança alimentar, um direito humano essencial. Segundo a legislação, ainda, é necessário que as práticas alimentares sejam promotoras da saúde, fomentem a sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental e respeitem a diversidade cultural.

Como garantir a segurança alimentar?

Toxinas naturais, produtos químicos e fungos patogênicos são grandes responsáveis pela contaminação dos alimentos. A fim de preservar a integridade dos produtos alimentícios, alguns cuidados precisam ser tomados, tais como:

  • o cumprimento do manual de boas práticas elaborado pela empresa;
  • a observância do procedimento operacional padrão (POP), o qual especifica a maneira apropriada de produzir alimentos;
  • o monitoramento do tempo e das condições de armazenagem, bem como da temperatura dos produtos;
  • o controle de sanidade dos utensílios e equipamentos. Eles devem estar em plenas condições de utilização;
  • a higiene dos manipuladores, principalmente das mãos. É preciso, também, zelar pela saúde do funcionário, a fim de proteger os alimentos.

Qual a importância do tema para os negócios?

A segurança alimentar traz uma série de benefícios aos negócios e, por conseguinte, aos consumidores finais — daí a sua importância. Veja, a seguir, por que uma empresa de alimentos não pode abrir mão dela!

Evita desperdícios e prejuízos

Para garantir a segurança alimentar, é preciso selecionar matérias-primas na quantidade exata, armazená-las de maneira adequada e se atentar ao prazo de validade. Desse modo, desperdícios são evitados, já que os riscos de descarte de ingredientes também são reduzidos. Consequentemente, as perdas tornam-se menores.

Denota compromisso com o desenvolvimento sustentável

Engloba os preceitos da segurança alimentar oferecer produtos na quantidade e na qualidade nutricionais apropriadas, incentivar a produção local, valorizar a economia saudável e o desenvolvimento sustentável. Sendo assim, tanto a saúde das pessoas como o meio ambiente são protegidos.

Fica em dia com a lei

Uma empresa que oferece alimentos com qualidade nutricional e quantidade de nutrientes adequados atua de acordo com a legislação. Além disso, outras práticas alimentares são observadas, como a higienização dos produtos, a manutenção do ambiente de produção e a própria higiene pessoal de quem os manipula. Dessa maneira, é possível diminuir as chances de contaminação.

Oferece produtos de qualidade

Cabe à empresa adequar seu modelo de negócios e processo de produção às boas práticas de segurança alimentar. É fundamental, por exemplo, criar regras que possibilitem a manipulação apropriada dos ingredientes. Assim, os produtos terão melhor valor agregado e serão muito mais seguros, o que, sem dúvida, não escapará aos olhos e ao paladar do cliente final.

Por estar diretamente relacionada à nossa saúde, a segurança alimentar deveria ser objeto de atenção de todas as pessoas e empresas do ramo alimentício. Quem atua no setor de embalagens dos produtos, por exemplo, precisa ter discernimento de que o tipo de material escolhido também contribui para o fornecimento de alimentos seguros e nutritivos ao consumidor.

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