O que é PPRA e qual é o seu objetivo? Temos a resposta!

ppra o que é

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Se você trabalha em uma empresa, especialmente no setor da indústria, com certeza já ouviu falar em PPRA, correto? Obrigatório em organizações de todos os portes, esse documento é indispensável para a saúde e segurança no trabalho.

Neste post, vamos esclarecer a seguinte dúvida: o que é PPRA? Aqui, você também poderá entender para que ele serve, como é feito e quais são as principais informações contidas no documento.

Ansioso para conferir as principais informações? Então continue a leitura do artigo e aprenda um pouco mais com a gente.

O que é PPRA e para que ele serve?

O Programa de Prevenção a Riscos Ambientais, mais conhecido como PPRA, é obrigatório em todas as empresas que admitem funcionários, sendo um dos documentos essenciais para garantir a segurança no trabalho. Ele deve ser elaborado quer você tenha um único empregado ou milhares deles.

No documento são elencados os principais riscos ambientais existentes nas mais variadas funções e setores de uma empresa e, a partir disso, são estabelecidas medidas para que esses riscos não afetem a segurança dos funcionários, geralmente incluindo o uso de EPIs e EPCs e a realização de exames ocupacionais e de treinamentos.

Para entender melhor, você precisa conhecer alguns conceitos:

  • riscos ambientais: são todas as situações que colocam em perigo o trabalhador. Condições que podem ser físicas, químicas, biológicas, ergonômicas ou facilitadoras de acidentes;
  • EPIs: são os Equipamentos de Proteção Individual, como capacetes, luvas, protetores auditivos e outros recursos que garantem a proteção física em determinadas funções;
  • EPCs: são os Equipamentos de Proteção Coletiva, que incluem exaustores, sinalização de segurança, corrimão nas escadas e demais recursos de segurança coletiva;
  • exames ocupacionais: são as avaliações clínico-epidemiológicas específicas para cada função, sendo determinadas pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Quais são as Normas Regulamentadoras que regem o PPRA?

As principais normas regulamentadoras que versam a respeito do PPRA são a NR-01 e a NR-09, que são as mesmas que estabeleceram a sua mudança para o PGR. Saiba mais sobre elas.

NR-01

Essa Norma Regulamentadora fala sobre o gerenciamento de riscos ocupacionais. Isso abrange a criação de um programa com a finalidade de:

  • identificar os perigos;
  • impedir eventuais riscos que podem ocorrer durante a execução do trabalho;
  • classificar os riscos para definir a necessidade de adoção de práticas de prevenção;
  • aplicar as medidas elaboradas;
  • monitorar o controle dos riscos ocupacionais, entre outros.

A exigência ou a isenção do programa para as companhias também é estipulada pela NR-01.

NR-09

A Norma Regulamentadora 09 define os critérios para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes químicos, físicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Sendo assim, é uma norma responsável por determinar o que o programa precisa conter, por exemplo, os riscos encontrados e as medidas a serem implementadas.

Com as mudanças que entraram em vigor no ano de 2022, as diretrizes passaram a ser aplicadas somente ao PGR, levando em conta que o PPRA deixou de ser obrigatório e foi inserido no Programa de Gerenciamento de Riscos.

Quais informações o PPRA contém?

A elaboração, a implementação e a aplicação desse documento acontecem a partir da Norma Regulamentadora nº 9 — a famosa NR9, que tem como principal objetivo preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores. A estrutura básica do PPRA definida pela NR9 inclui:

  • planejamento anual, com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
  • estratégia e metodologia de ação;
  • forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
  • periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Como o PPRA é feito?

Agora já sabemos o que é PPRA e o que ele contém, mas você sabia que somente profissionais habilitados podem elaborá-lo? Entre eles estão os engenheiros e técnicos de segurança do trabalho. A elaboração do PPRA se dá por meio das seguintes etapas, conforme a NR 9:

  • reconhecimento de riscos ambientais;
  • estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
  • avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
  • implementação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
  • monitoramento da exposição aos riscos;
  • registro e divulgação dos dados.

Para ajudar na implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, alguns cuidados podem ser adotados, por exemplo:

  • designar uma pessoa responsável pelo programa. Nesse caso, precisa ser um profissional da segurança do trabalho ou medicina ocupacional;
  • averiguar o local de trabalho para identificar de forma antecipada os riscos ambientais;
  • fazer uma avaliação quantitativa dos riscos ambientais, com a finalidade de mensurar ou estimar os níveis ou as concentrações dos agentes de risco no ambiente;
  • criar um documento que servirá como norte do programa, de acordo com as informações colhidas;
  • definir medidas e práticas de prevenção e controle dos riscos ambientais;
  • colocar em prática as diretrizes estipuladas no documento-base do programa;
  • acompanhar os resultados das ações de prevenção e controle dos riscos ambientais, para concluir se são efetivas na diminuição ou redução dos riscos;
  • revisar de maneira periódica o programa, para adequá-lo a eventuais mudanças nas condições de trabalho ou nos resultados das medidas aplicadas.

Qual a validade do PPRA?

Uma dúvida importante que a maioria dos gestores tem é sobre a duração do PPRA. O documento precisa ser elaborado sempre que a versão anterior tiver vencido, ou seja, deve ser renovado periodicamente. A validade de um PPRA é de um ano, mas há ocasiões em que isso pode variar.

É que o PPRA não é um documento estático, ou seja, uma porção de mudanças pode impactá-lo, o que é suficiente para que seja necessário projetar uma nova versão. Mudar as instalações da empresa, por exemplo, é motivo para ter que refazer o PPRA (que, então, ganha nova validade de um ano).

A contratação de novos profissionais, a inclusão de funções e qualquer diagnóstico de novo risco ocupacional são outros motivos pelos quais uma empresa pode ter que renovar o PPRA antes do prazo.

As atualizações do documento, bem como a redação da versão original, seguem uma série de regras. Elas também só podem ser feitas por profissionais habilitados e vinculados aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

Por que as empresas devem investir no PPRA?

A implementação do PPRA traz uma porção de benefícios para os negócios, os quais aumentam o envolvimento de quem trabalha dentro da empresa nas atividades de segurança e na normatização de processos, que, até então, aconteciam sem nenhum fluxo de trabalho definido (ou no improviso).

Confira abaixo como o PPRA impacta esses aspectos da empresa e que outras vantagens ele tem a oferecer.

Antecipa laudos e treinamentos

Um dos benefícios inusitados de investir no PPRA é que ele ajuda a organizar diversos aspectos da empresa, inclusive a obtenção de laudos e a execução de treinamentos. É que, embora o PPRA seja um programa, ele pode demandar a localização de algumas documentações prévias. Por isso, é vantajoso para a empresa antecipá-las e manter esses documentos em dia, para quando a atualização do PPRA se tornar necessária.

Laudos importantes, como o laudo de insalubridade, são alguns dos documentos que o PPRA ajuda a organizar e a antecipar. Treinamentos de segurança são outros aspectos do negócio que serão executados de maneira mais eficiente a partir da implementação.

Elimina a improvisação

Mas não é só com as documentações que o PPRA vai ajudar. O programa de prevenção é fundamental para que muitas tarefas executadas diariamente dentro da empresa sejam revistas, analisadas e estudadas, tornando-se processos de negócios claros.

É provável que na sua empresa exista uma série de atividades que não estão regulamentadas hoje. Normalmente, elas são eventuais e ficam a cargo do funcionário responsável por executá-las. Por isso, acabam sendo feitas no improviso e conforme a situação pede. Mas, para que o PPRA funcione, é preciso eliminar situações dessa natureza, afinal, elas aumentam as chances de os colaboradores serem submetidos a riscos desnecessários diariamente.

Um dos maiores benefícios do PPRA para as organizações é eliminar essa improvisação e determinar exatamente como cada uma das tarefas deve ser realizada, para a obtenção do máximo de segurança e eficiência possível. Por isso dizemos que ele funciona como uma medida fundamental contra acidentes de trabalho, já que serve para antecipar situações comuns que colocam a integridade dos funcionários em risco.

Aumenta o comprometimento da empresa

Outra grande vantagem de implementar o PPRA é aumentar o comprometimento dos seus colaboradores com a empresa e estimular mais engajamento neles todos os dias. Afinal, para que o PPRA aconteça, é preciso solicitar a colaboração de todos que trabalham em um determinado ambiente.

Os colaboradores devem explicar como funcionam suas tarefas e precisam ajudar os especialistas em segurança a determinarem que parte delas os colocam sob risco. Naturalmente, isso faz com que eles desenvolvam mais consciência a respeito dos perigos que correm todos os dias e se sintam parte ativa na construção de um ambiente de trabalho mais seguro.

Essa caraterística colaborativa do PPRA faz com que ele seja muito bom para a moral organizacional, aumentando a consciência entre os funcionários a respeito dos procedimentos de segurança. Após sua implementação, as chances de alguém desrespeitar as regras estabelecidas nele são muito menores do que com uma regulamentação que vem de cima.

O que acontece se o programa não for realizado?

Nesse caso, a empresa corre o risco de ser multada pelo Ministério do Trabalho por descumprir as normas regulamentadoras, além de ser responsabilizada por possíveis acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais que aconteçam com os seus colaboradores.

Outro ponto que deve ser destacado é que os funcionários também podem sofrer consequências com a ausência do programa. Afinal, podem ficar expostos a riscos ambientais sem ter conhecimento ou a proteção apropriada e, com o passar do tempo, desenvolver doenças laborais sem ter um diagnóstico precoce ou um tratamento correto.

Como o acompanhamento do PPRA deve ser feito?

O ideal é que o programa seja acompanhado periodicamente. Sendo assim, é importante que a empresa crie uma auditoria interna para a atualização do PPRA, que deve ser registrado e documentado, com a finalidade de comprovar conformidades, não conformidades e mudanças nas ações estabelecidas.

O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção (CIPA) também podem acompanhar as etapas e monitorar os resultados.

Como deve ser realizado o controle de riscos?

O processo de controle de riscos é muito importante para o sucesso do PPRA. Utilizando as informações obtidas nas etapas de implementação do plano, são desenhadas estratégias para eliminar completamente ou reduzir drasticamente os níveis de agentes de risco, sejam eles físicos, químicos ou biológicos.

Em cada organização, essa fase terá características diferentes, mas a ideia é que ela sempre leve em consideração as consequências de ser exposto a um risco, a quantidade de pessoas expostas diariamente e os fatores administrativos.

Essa é a etapa mais importante do PPRA, e ela deve ser feita com muito cuidado pelos agentes responsáveis pelo Programa de Prevenção a Riscos Ambientais. O controle de riscos funciona melhor quando as seguintes atitudes são tomadas.

Prioridades são definidas

É fundamental estabelecer quais riscos devem ser coibidos primeiro. Portanto, para fazer o controle, estabeleça prioridades e defina que problemas devem ser contornados quanto antes. Concentre-se naqueles riscos que atingem o maior número de funcionários e procure agir primeiramente neles.

Medidas simples são implementadas

Quanto maior a complexidade de uma medida de controle, mais chances de ela ser deixada de lado nas tarefas do dia a dia. Por isso, simplifique as estratégias utilizadas para fazer o controle de riscos, a fim de garantir o cumprimento delas.

Há comprometimento de toda a equipe

Por último, não se esqueça: as medidas de controle funcionam melhor quando toda a equipe está comprometida em fazer com que elas tenham efeito. Treinar os membros do time, para que eles saibam o que fazer para mitigar situações de risco, é tão importante quanto oferecer para eles estratégias capazes de reduzir o impacto delas.

O PPRA é apenas uma das iniciativas relevantes para manter os colaboradores de uma empresa seguros. Outros programas, como o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), também são muito importantes para proteger e diagnosticar agravos à saúde, e eles funcionam melhor quando trabalhados em conjunto.

Qual a relação entre EPI e PPRA?

Agora que você já sabe o que é PPRA e como ele é feito nas empresas, é hora de entender qual é o papel do Equipamento de Proteção Individual (EPI) na proteção dos colaboradores. Se o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais tem como função garantir a segurança no trabalho, o EPI é uma das ferramentas utilizadas pelas empresas para conseguir isso.

Devidamente utilizados, os Equipamentos de Proteção Individual podem reduzir drasticamente as consequências de acidentes laborais. Nos tópicos abaixo, veremos a relação entre EPI e PPRA e entenderemos, de uma vez por todas, como essa ferramenta de prevenção pode acelerar a Segurança do Trabalho na sua empresa. Confira!

O que é Equipamento de Proteção Individual?

Para entender o papel do EPI no PPRA, precisamos primeiro olhar para a definição de Equipamento de Proteção Individual. São chamados de EPIs todos aqueles equipamentos — sejam eles roupas de proteção, capacetes ou óculos — que foram desenhados para proteger os colaboradores em situação de risco.

Quando bem utilizado, o EPI minimiza as chances de contaminação, contágio e acidentes. Existem várias categorias de EPI, e para conseguir entender o que é PPRA, você deverá conhecê-las. Afinal, será necessário descrever nesse documento os EPIs utilizados na empresa.

EPIs podem ser utilizados para proteger:

  • contra riscos diretos, como queda ou escorregamentos;
  • contra risco de choque;
  • contra variações térmicas acentuadas (muito calor ou muito frio);
  • contra a contaminação por elementos químicos nocivos, bem como agentes biológicos (vírus e bactérias).

Qual o papel do EPI?

O EPI é uma ferramenta de proteção. Ele não deve ser utilizado, por exemplo, para que uma empresa evite contornar problemas ambientais. Equipamentos de Proteção Individual são uma camada extra de segurança, para que o seu colaborador consiga desempenhar as funções dele sem correr riscos ocupacionais.

Por isso, é muito importante que, antes de implementar o EPI como solução na segurança do trabalho da sua empresa, seja feito um mapeamento de risco. O mapeamento de risco mostrará todas as áreas da organização que oferecem risco de acidentes.

Esse documento o ajudará, por exemplo, a lidar com riscos que podem ser contornados de maneira simples, como o risco de choque em uma área em que há cabos expostos. Nesse caso, o primeiro curso de ação deve ser proteger os cabos e, apenas se isso não for possível, exigir o uso de Equipamento de Proteção Individual de todos os profissionais que têm contato com aquela área do negócio.

Quais os principais desafios em relação aos EPIs?

Considerados todos os pontos que abordamos até agora, o uso de EPI por si só não é o suficiente para que o PPRA da sua empresa funcione. Há alguns desafios constantes na implementação dessas ferramentas de proteção, como lidar com o uso inadequado dos EPIs e conscientizar os colaboradores sobre a necessidade de uso do equipamento no dia a dia.

O seu Programa de Prevenção de Riscos e Acidentes deve se antecipar e pensar, desde a sua implementação, em como esses desafios serão contornados. Ações internas e conscientização são estratégias que funcionam bem para a maioria das empresas, mas convencer os colaboradores de que eles precisam do Equipamento de Proteção Individual exige também boa vontade da gestão.

Se os equipamentos distribuído causam mais desconforto para o colaborador do que benefícios imediatos, por exemplo, ele estará mais propenso a deixar de utilizá-los. Por isso, escolher bem os EPIs da sua empresa a fim de que eles proporcionem conforto e adaptabilidade é fundamental para executar bem seu PPRA.

Conhecer mais sobre o que é PPRA e como ele é feito é interessante, não é? Ainda mais sabendo da sua importância como iniciativa para preservar a saúde e a segurança no ambiente de trabalho. Por isso, esperamos que este guia possa ajudá-lo na hora de criar e renovar periodicamente o PPRA da sua empresa.

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Se você trabalha em empresa, especialmente no setor da Indústria, com certeza já ouviu falar em PPRA, correto? Obrigatório em organizações de todos os portes, esse documento é indispensável para a saúde e segurança no trabalho.
Neste post, vamos explicar o que é, para que serve, como é feito e quais são as principais informações contidas em um PPRA. Ansioso para sanar suas dúvidas? Então continue a leitura do artigo e aprenda um pouco mais junto com a gente.

O que é PPRA e para que serve?

O Programa de Prevenção a Riscos Ambientais, mais conhecido como PPRA, é obrigatório em todas as empresas que admitem funcionários e é um dos documentos essenciais para garantir a segurança no trabalho. Ele deve ser elaborado quer você tenha um único empregado ou milhares deles.
No documento são elencados os principais riscos ambientais existentes nas mais variadas funções e setores de uma empresa e, a partir disso, são estabelecidas medidas para que esses riscos não afetem a segurança dos funcionários, geralmente incluindo o uso de EPIs e EPCs, e a realização de exames ocupacionais e treinamentos.
Para entender melhor, você precisa conhecer alguns conceitos:

  • riscos ambientais: são todas as situações que colocam em perigo o trabalhador, condições que podem ser físicas, químicas, biológicas, ergonômicas ou facilitadoras de acidentes;
  • EPIs: são os Equipamentos de Proteção Individual, como capacetes, luvas, protetores auditivos e outros recursos que garantem a proteção física em determinadas funções;
  • EPCs: são os Equipamentos de Proteção Coletiva, que incluem exaustores, sinalização de segurança, corrimão nas escadas e demais recursos de segurança coletiva;
  • exames ocupacionais: são as avaliações clínico-epidemiológicas específicas para cada função, determinadas pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Quais informações o PPRA contém?

A elaboração, implementação e aplicação desse documento acontecem a partir da Norma Regulamentadora nº 9 da Legislação Trabalhista — a famosa NR9, que tem como principal objetivo preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores.
A estrutura básica do PPRA definida pela NR9 inclui:

  • planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
  • estratégia e metodologia de ação;
  • forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
  • periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Como o PPRA é feito?

Agora já sabemos o que é PPRA e o que ele contém, mas você sabia que somente profissionais habilitados podem elaborá-lo?
Esses profissionais devem ser vinculados aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho — o SESMT, incluindo Engenheiros e Técnicos de Segurança do Trabalho.
A elaboração do PPRA se dá por meio das seguintes etapas, conforme a NR 9:

  • reconhecimento de riscos ambientais;
  • estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
  • avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
  • implementação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
  • monitoramento da exposição aos riscos;
  • registro e divulgação dos dados.

Qual a validade do PPRA?

Uma dúvida importante que a maioria dos gestores tem é sobre a duração do PPRA. O documento precisa ser elaborado sempre que a versão anterior tiver vencido, ou seja, deve ser renovado periodicamente.
A validade de um PPRA é de um ano, mas há ocasiões em que isso pode variar. É que o PPRA não é um documento estático, ou seja, uma porção de mudanças podem impactá-lo e são o suficiente para que se precise projetar uma nova versão. Mudar as instalações da empresa, por exemplo, é motivo para ter que refazer o PPRA (que, então, ganha nova validade de um ano).
A contratação de novos profissionais, inclusão de funções e qualquer diagnóstico de novo risco ocupacional são outros motivos pelos quais uma empresa pode ter que renovar o PPRA antes do prazo.
As atualizações do documento, bem como a redação da versão original, seguem uma série de regras. Elas também só podem ser feitas por profissionais habilitados e vinculados aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

Por que as empresas devem investir no PPRA?

A implementação do PPRA traz uma porção de benefícios para os negócios, os quais aumentam o envolvimento de quem trabalha dentro da empresa nas atividades de segurança e na normatização de processos, que, até então, aconteciam sem nenhum fluxo de trabalho definido (ou no improviso).
Confira abaixo como o PPRA impacta esses aspectos da empresa e que outras vantagens ele tem a oferecer.

Antecipa laudos e treinamentos

Um dos benefícios inusitados de se investir em PPRA é como ele ajuda a organizar diversos aspectos da empresa, inclusive a obtenção de laudos e a execução de treinamentos. É que, embora o PPRA seja um programa, ele pode demandar a localização de algumas documentações prévias. Por isso, é vantajoso para a empresa antecipá-las e manter esses documentos em dia para quando a atualização do PPRA se tornar necessária.
Laudos importantes, como o Laudo de Insalubridade, são alguns dos documentos que o PPRA vai ajudá-lo a organizar e antecipar. Treinamentos de segurança são outro aspecto do negócio que será executado de maneira mais eficiente a partir da implementação.

Elimina a improvisação

Mas não é só com documentações que o PPRA vai ajudar. O programa de prevenção será fundamental para que muitas tarefas executadas diariamente dentro da empresa sejam revistas, analisadas, estudadas e tornem-se processos de negócios claros.
É provável que na sua empresa exista uma série de atividades que não estão regulamentadas hoje. Normalmente elas são eventuais e ficam a cargo do funcionário responsável por executá-las. Por isso, acabam sendo feitas no improviso e conforme a situação pede.
Mas para que o PPRA funcione, é preciso eliminar situações dessa natureza, afinal, elas aumentam as chances de os colaboradores serem submetidos a riscos desnecessários diariamente.
Um dos maiores benefícios do PPRA para as organizações é eliminar essa improvisação e determinar exatamente como cada uma das tarefas deve ser realizada para a obtenção do máximo de segurança e eficiência possível. Por isso dizemos que ele funciona como uma medida fundamental contra acidentes de trabalho, já que serve para antecipar situações comuns que colocam a integridade dos funcionários em risco.

Aumenta o comprometimento da empresa

Outra grande vantagem de implementar o PPRA é aumentar o comprometimento dos seus colaboradores com a empresa e estimular mais engajamento neles todos os dias.
É que para que o PPRA aconteça, é preciso solicitar a colaboração de todos que trabalham em um determinado ambiente. Os colaboradores devem explicar como funcionam suas tarefas e necessitam ajudar os especialistas em segurança a determinarem que parte delas os colocam sob risco.
Naturalmente, isso faz com que eles desenvolvam mais consciência a respeito dos perigos que correm todos os dias e se sentem parte ativa na construção de um ambiente de trabalho mais seguro.
Essa caraterística colaborativa do PPRA faz com que ele seja muito bom para a moral organizacional e aumente a consciência entre os funcionários a respeito de procedimentos de segurança. Após sua implementação, as chances de alguém desrespeitar as regras estabelecidas nele são muito menores do que com uma regulamentação que vem de cima.

Como deve ser feito o controle de riscos?

O processo de controle de riscos é muito importante para o sucesso do PPRA. Utilizando as informações obtidas nas etapas de implementação do plano, são desenhadas estratégias para eliminar completamente ou reduzir drasticamente os níveis de agentes de risco, sejam eles físicos, sejam químicos, sejam biológicos.
Em cada organização essa fase terá características diferentes, mas a ideia é que ela sempre leve em consideração as consequências de ser exposto a um risco, a quantidade de pessoas expostas diariamente e os fatores administrativos.
Essa é a etapa mais importante do PPRA e ela deve ser feita com muito cuidado pelos agentes responsáveis pelo Programa de Prevenção a Riscos Ambientais.
O controle de riscos funciona melhor quando as seguintes atitudes são tomadas.

São definidas prioridades

É fundamental estabelecer quais riscos devem ser coibidos primeiro. Portanto, para fazer o controle, estabeleça prioridades e defina que problemas devem ser contornados o quanto antes.
Concentre-se naqueles riscos que atingem o maior número de funcionários e procure agir primeiramente neles.

São implantadas medidas simples

Quanto maior a complexidade de uma medida de controle, mais chances de ela ser deixada de lado nas tarefas do dia a dia. Por isso, simplifique as estratégias utilizadas para fazer o controle de riscos a fim de garantir o cumprimento delas.

Há comprometimento de toda a equipe

Por último, não se esqueça: as medidas de controle funcionam melhor quando toda a equipe está comprometida em fazer com que elas tenham efeito.
Treinar os membros do time, para que eles saibam o que fazer para mitigar situações de risco, é tão importante quanto oferecer para eles estratégias capazes de reduzir o impacto delas.
O PPRA é apenas uma das iniciativas importantes para manter os colaboradores de uma empresa seguros. Outros programas, como o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), também são muito importantes para proteger e diagnosticar agravos à saúde e eles funcionam melhor quando acontecem juntos.

Qual a relação entre EPI e PPRA?

Agora que você já sabe o que é PPRA e como ele é feito nas empresas é hora de entender qual é o papel do equipamento de proteção individual (EPI) na proteção dos colaboradores.
Se o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais tem como função garantir a segurança no trabalho, o EPI é uma das ferramentas utilizadas pelas empresas para conseguir isso. Devidamente utilizados, os equipamentos de proteção individual podem reduzir drasticamente as consequências de acidentes laborais.
Nos tópicos abaixo, veremos a relação entre EPI e PPRA e entenderemos, de uma vez por todas, como essa ferramenta de prevenção pode acelerar a Segurança do Trabalho na sua empresa. Confira!

O que é equipamento de proteção individual?

Para entender o papel do EPI no PPRA precisamos primeiro olhar para a definição de equipamento de proteção individual. São chamados de EPIs todos aqueles equipamentos — sejam eles roupas de proteção, capacetes ou óculos — que foram desenhados para proteger os colaboradores em situação de risco.
Quando bem utilizado, o EPI minimiza as chances de contaminação, contágio e de acidentes.
Existem várias categorias de EPI e para conseguir entender o que é PPRA você deverá conhecê-las. Afinal, será necessário descrever nesse documento os EPIs utilizados na empresa.
EPIs podem ser utilizados para proteger:

  • contra riscos diretos, como queda ou escorregamentos;
  • contra risco de choque;
  • contra variações térmicas acentuadas (muito calor ou muito frio); e
  • contra a contaminação por elementos químicos nocivos, bem como agentes biológicos (vírus e bactérias).

Qual o papel do EPI?

O EPI é uma ferramenta de proteção. Ele não deve ser utilizado, por exemplo, para que uma empresa evite contornar problemas ambientais. Equipamentos de proteção individual são uma camada extra de segurança para que o seu colaborador consiga desempenhar as funções dele sem correr riscos ocupacionais.
Por isso, é muito importante que, antes de implementar o EPI como solução na Segurança do Trabalho da sua empresa, seja feito um mapeamento de risco. O mapeamento de risco mostrará todas as áreas da empresa que oferecem risco de acidentes. Esse documento o ajudará, por exemplo, a lidar com riscos ambientais que podem ser contornados de maneira simples. Como o risco de choque em uma área em que há cabos expostos.
Nesse caso, o primeiro curso de ação deve ser proteger os cabos e, apenas se isso não for possível, exigir o uso de equipamento de proteção individual de todos os profissionais que têm contato com aquela área do negócio.

Quais os principais desafios em relação aos EPIs?

Considerados todos os pontos que abordamos até agora, o uso de EPI por si só não é o suficiente para que o PPRA da sua empresa funcione. Há alguns desafios constantes na implementação dessas ferramentas de proteção, como lidar com o uso inadequado dos EPIs e conscientizar os colaboradores sobre a necessidade de uso do equipamento no dia a dia.
O seu Programa de Prevenção de Riscos e Acidentes deve se antecipar e pensar, desde a sua implementação, em como esses desafios serão contornados. Ações internas, conscientização e treinamento de EPI são estratégias que funcionam bem para a maioria das empresas, mas convencer os colaboradores de que eles precisam do equipamento de proteção individual exige também boa vontade da gestão.
Se os equipamentos distribuído causam mais desconforto para o colaborador do que benefícios imediatos, por exemplo, ele estará mais propenso a deixar de utilizá-lo. Por isso, escolher bem os EPIs da sua empresa para que eles proporcionem conforto e adaptabilidade é fundamental para executar bem seu PPRA.
Conhecer mais sobre o que é PPRA e como ele é feito é interessante, não é? Ainda mais sabendo da sua importância como iniciativa para preservar a saúde e a segurança no ambiente de trabalho. Por isso, esperamos que este guia possa ajudá-lo na hora de criar e renovar periodicamente o PPRA da sua empresa.
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