Máscara respiratória x Respirador: quais são as diferenças?

Compartilhe este post

O nosso sistema respiratório é uma via de entrada em nosso organismo de substâncias prejudiciais. Apesar de apresentar defesas naturais, o nível de tolerância à exposição a gases tóxicos, vapores e partículas é bem limitado. Algumas dessas matérias podem prejudicar, ou mesmo destruir, partes do trato respiratório, e por isso é importante o uso de proteção para quem trabalha em ambientes contaminados.

A máscara respiratória ou o respirador, por exemplo, têm o objetivo de proteger uma pessoa que atua em um local com presença de contaminantes acima do limite de tolerância. Por isso eles são imprescindíveis conforme cada função desempenhada pelo trabalhador. No entanto, muitas revendedoras de Equipamento de Proteção Individual (EPI) não sabem ao certo diferenciar uma máscara de um respirador.

Pensando em elucidar essa dúvida, preparamos este post para que você saiba mais sobre o assunto. Confira agora!

Máscara respiratória

A máscara respiratória é um equipamento que tem a função proteger o trabalhador de possíveis contaminações, que podem provocar sérios danos à saúde das pessoas. Para cada atividade que apresenta riscos, existe um modelo apropriado.

A máscara é bastante utilizada em procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos e, em diversos casos, existe a necessidade de incluir o protetor facial para garantir a segurança dos profissionais envolvidos.

Respiradores

Comumente chamados de “máscaras”, os respiradores têm como objetivo evitar a inalação de vapores orgânicos, partículas tóxicas ou névoas por meio das vias respiratórias, pois são considerados riscos químicos à saúde ocupacional.

Há no mercado alguns modelos de respiradores como os descartáveis, que apresentam uma vida útil relativamente curta e recebem a sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os de manutenção baixa, que têm filtros especiais para reposição, geralmente mais duráveis. Os modelos mais usados nas aplicações de produtos fitossanitários são os que possuem filtros P2 ou P3.

Cuidados com os equipamentos

A manutenção desses equipamentos deve ser realizada exatamente como informado nas instruções do fabricante contidas em bulas no interior das embalagens. Em relação à higienização, ela deve ser feita também de acordo com o fabricante para que não haja danificação, inclusive com perda da garantia.

No geral, a limpeza e a descontaminação são feitas da seguinte maneira:

Limpeza e higienização

Os equipamentos precisam ser limpos e higienizados de acordo com a seguinte frequência:

  • os de utilização individual precisam passar por esse procedimento quantas vezes for necessário para serem mantidos com condições de higiene suficientes; Normalmente realizada diariamente.
  • os utilizados por mais de uma pessoa precisam ser limpos e higienizados antes do uso de cada pessoa;
  • os utilizados no ensaio de vedação e no treinamento precisam passar pela higienização após cada uso.

Descontaminação

Os equipamentos podem tornar-se contaminados por substâncias nocivas. Assim, se essa contaminação for leve, os procedimentos normais de limpeza são suficientes. Caso for uma contaminação mais tóxica, é necessário primeiro proceder com a descontaminação e, após isso, realizar a limpeza. Lembrando que o procedimento de limpeza e higienização deve ser realizado respeitando as instruções do fabricante (na bula).

Esses métodos devem ser suficientes para garantir que os equipamentos fiquem limpos e higienizados. Contudo, tenha cautela para não danificá-los e, assim, apresentarem algum perigo aos usuários.

Cuidados diários com verificação do equipamento e armazenagem conforme instruções do fabricante também são de extrema importância para prolongar sua vida útil. Uso de películas protetoras para os respiradores faciais inteiros dificulta a formação de riscos no visor, que é uma peça sem substituição.

Quais as principais diferenças entre uma máscara e um respirador?

A máscara respiratória é um protetor que não contém manta filtrante (PFF1, PFF2 ou PFF3). Para você entender melhor, as máscaras cirúrgicas são componentes (não considerados produtos EPIs) cuja finalidade é impedir ou dificultar que microrganismos existentes na boca e nariz da equipe cirúrgica sejam depositados sobre o campo operatório.

Em relação às máscaras reutilizáveis, considera-se o equipamento que ainda esteja sem os devidos filtros e, portanto, sem equipamento de filtragem.

Muitos revendedores e clientes finais têm dúvidas de qual componente escolher. A opção do protetor apropriado deve ser feita pelo higienista industrial ou por um profissional de saúde e segurança especializado com base no estudo dos descontaminantes.

Apenas depois das medições é que será possível saber quais os agentes contaminantes e a classe de proteção necessária conforme cada atividade.

Os respiradores são recomendados sempre que o limite de exposição estiver acima do permitido. Com a informação sobre os contaminantes existentes, define-se qual deles será utilizado. Veja os modelos disponíveis no mercado:

Semifacial descartável

Ele cobre a boca e o nariz e é preciso estar bem ajustado. É utilizado para a proteção de resíduos de baixa concentração. Descarta-se quando não for mais necessário.

Semifacial reutilizável

Cobre a boca e o nariz e é utilizado para que vapores e gases não prejudiquem os trabalhadores. Esse modelo tem um filtro químico que pode ser substituído sempre que for preciso.

Facial inteiro

Como o próprio nome diz, esse modelo cobre todo o rosto, protegendo não apenas a boca e nariz, mas também os olhos. É utilizado para preservar o trabalhador contra resíduos de alta concentração e apresenta filtro de purificação descartável.

Já a máscara respiratória é mais recomendada, como dito anteriormente, para a proteção de quem trabalha em procedimentos cirúrgicos para resguardo do profissional.

Qual o melhor?

É difícil falar em qual equipamento é melhor, uma vez que cada um tem o seu propósito. Assim, até mesmo em relação ao preço, é indicado que eles sejam analisados individualmente. Na prática, essa escolha deve levar em conta situações rotineiras como as condições do ambiente e a exposição dos trabalhadores.

Pense em uma situação hipotética, em que já se sabe quais sãos os contaminantes presentes. Nesses casos, deve-se analisar cada questão para determinar se há a exigência em utilizar uma máscara respiratória ou um respirador.

Enfim, o uso incorreto ou a falta desses componentes, ao longo do tempo, poderá desencadear várias doenças. Por essa razão, é imprescindível que quem trabalha com esses produtos saiba como eles funcionam e para que cada um serve. É fundamental que a máscara respiratória e os respiradores sejam utilizados da forma correta, pois o que está em jogo é a saúde do trabalhador.

E então, o que achou deste post? Assine a nossa newsletter fique por dentro dos assuntos relacionados aos EPIs e a Segurança e Saúde do Trabalho!

Inscreva-se em nossa Newsletter

Cadastre-se para receber notícias sobre Segurança e Saúde no Trabalho.
É GRÁTIS!

Mais Posts