Quanto custa um acidente de trabalho?

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Um acidente de trabalho é a última coisa que uma empresa deseja encarar. Além de ser um processo que envolve diversos custos, ainda existe o fator humano, relacionado à saúde do colaborador acidentado.

Muitas empresas fazem mapas de risco e se equipam para evitar ao máximo este tipo de episódio, mas nem sempre toda a prevenção do mundo é suficiente para evitar alguns deslizes. Se em algum momento ocorre um acidente de trabalho, os gestores da empresa precisam estar preparados e cientes de todos os custos envolvidos.

Confira agora quanto custa um acidente de trabalho. Acompanhe o post.

Custos diretos

São consideradas custos diretos todas as despesas que estão relacionadas ao atendimento do colaborador acidentado, tais como gastos com tratamento médico, odontológico, internações hospitalares, recursos farmacêuticos e até mesmo processos cirúrgicos. Caso o funcionário tenha algum tipo de sequela — formalmente tratada como redução laborativa — a empresa também deve arcar com um auxílio-acidente.

Somam-se às despesas diretas já citadas a reabilitação médica e ocupacional, o seguro acidente e o transporte do acidentado enquanto durar seu tratamento e seu estado não permitir a locomoção. 

Vale lembrar que a empresa é obrigada também a arcar com os primeiros quinze dias de afastamento do funcionário. 

Custos indiretos

Os custos indiretos compreendem todas as despesas causadas pelo acidente, mas que não possuam relação com o cuidado e tratamento do colaborador acidentado. Tais custos envolvem tantos fatores que, muitas vezes, os próprios gestores têm dificuldade para dimensionar o impacto de um acidente.

Pode ser considerado custo indireto desde o pagamento do salário do funcionário que está substituindo o colaborador acidentado até mesmo a destruição ou reparo da máquina ou ferramenta que causou o acidente. Juntam-se a isso as despesas com a perícia e analistas de segurança do trabalho e os atrasos nos cronogramas de entrega e produção. 

Outros custos indiretos são relacionados ao impacto que o acidente traz para a empresa, tais como a paralisação de um setor para avaliação do local do acidente, repercussão negativa no ambiente de trabalho, prejuízo de imagem (caso o acidente seja algo muito grande, ou quando a gravidade da ocorrência chama a atenção de veículos de mídia). 

Vamos agora detalhar cada um deles para que você consiga enxergar melhor a gravidade de uma situação como essa, a fim de zelar pela saúde do funcionário e manter o bom funcionamento financeiro da empresa.

Os custos de um acidente de trabalho

1. Despesas gerais

Quando um funcionário sofre um acidente dentro da empresa, é ela quem tem que arcar com todo o custo de transporte até o hospital mais próximo (se o transporte sem uma equipe profissional for possível), despesas médicas em geral, inclusive cirurgias e outras, caso o funcionário não tenha um plano de saúde ou este não cubra parte ou toda a despesa. Esses são alguns gastos que o INSS não cobre.

2. Recuperação e tratamento

Por exemplo, se o funcionário precisar de uma reabilitação por meio da fisioterapia e o INSS não a disponibilizar, é a empresa que deverá arcar com todos os custos desse tratamento. Todos os outros gastos com medicamentos, sejam eles provisórios ou não, também ficam a cargo da empresa.

3. Os primeiros 15 dias 

Quando um funcionário fica doente, é a empresa que fica responsável por remunerar o funcionário desde o 1º até o 15º de afastamento. A partir do 16º, as despesas devem ficar por conta do INSS. Assim, você terá o prejuízo de 15 dias pagando um funcionário que não está produzindo. Portanto, o melhor a fazer é investir na saúde dele.

4. Contratação de outro funcionário

Para que a produção não caia, você, provavelmente, precisará contratar outro funcionário ou, então, pagar horas extras aos já existentes. De qualquer forma, o dinheiro sai do bolso da empresa e, se ela for de grande porte, estamos falando sobre pagar vários funcionários e várias horas extras ao mesmo tempo.

5. Prejuízos à eficiência dos processos

É bastante natural que, depois de um acidente, o funcionário retorne ao ambiente de trabalho sem conseguir alcançar a mesma produtividade de antes. Nesses casos, é preciso ter paciência e fazer com que ele se sinta mais seguro, confiante no fato de que nunca e que o episódio não vai se repetir.

Caso ele tenha ficado com alguma limitação ou deficiência permanente, pode ser necessário achar outra função para a qual ele consiga um melhor desempenho.

Custos judiciais

Estes talvez sejam os custos mais óbvios e sempre analisados pelas empresas, e é preciso ressaltar a sua existência. Acidentes de trabalho majoritariamente resultam em ações judiciais e necessidade de acordos indenizatórios.

É nesse momento que se inclui na conta tanto os custos processuais (gastos com honorários dos advogados da empresa e, possivelmente, com os honorários do advogado do funcionário) quanto o valor da indenização. Para cada tipo de acidente existe um valor. Contudo, conforme cresce a gravidade da ocorrência, aumenta também a indenização concedida pelo juiz do trabalho durante o julgamento da ação. 

Impactos para o funcionário

A relação entre empresa e colaborador tende a ficar muito desgastada após um acidente de trabalho, principalmente quando o funcionário fica submetido a algum trauma ou sequela. Há sempre o fator de motivação e também o medo de ser considerado um problema para a companhia.

Cabe ao gestor ter a consciência de que é preciso lidar com carinho com o caso desse funcionário e manter o bom senso para analisar sua situação, buscando entender o que este colaborador passou.

Essas são algumas informações relevantes que os gestores devem ter em mente no momento de analisar os impactos financeiros de um acidente laboral.

Prevenção é o melhor remédio

Diante de tudo o que foi visto, ficou bem claro que um acidente de trabalho envolve uma série de custos que poderiam ser evitados. Além do gasto financeiro, devemos pensar também no desgaste emocional que a situação gera. Até mesmo a insegurança dos outros funcionários aumenta, o que pode causar algumas demissões.

Além disso, o custo de tempo também não deve ser deixado de lado. A empresa precisará preencher uma série de papéis e seguir a diversos órgãos do governo para regularizar toda a situação. Dessa forma, você deixa de dar atenção a outros assuntos para lidar com um acidente que poderia ter sido evitado, caso houvesse um investimento em mais segurança para os funcionários.

Agora que você já sabe o quanto um acidente de trabalho pode custar à empresa, que tal entender um pouco mais sobre o assunto baixando nosso e-Book sobre Prevenção de acidentes no trabalho: como reduzir as adversidades. Ele vai explicar de que forma você pode adotar medidas preventivas fazendo um bom planejamento.

 

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