Quais os principais EPIs para eletricista?

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Um dos riscos físicos mais nocivos para os colaboradores que atuam na indústria, o choque elétrico, infelizmente, é algo que acomete milhares de vítimas no Brasil anualmente. Dessa forma, com o intuito de promover informações acerca das medidas preventivas para a segurança do trabalho nesse contexto, destacaremos a seguir quais os principais Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os trabalhadores da área.

Essenciais para o controle dos riscos ocupacionais, os EPI’s para eletricistas devem fazer parte da rotina de trabalho desses profissionais. Isso porque, na ausência deles, tanto a saúde quanto o conforto dos funcionários serão comprometidos. Afinal, você já sabe quais são esses EPI’s e qual é a norma regulamentadora que fundamenta essa atividade? Se não, saiba mais a seguir!

Importância da NR 10

A Norma Regulamentadora 10 — Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade — foi elaborada no ano de 2004. Ela tem como principal objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a garantia da segurança em locais onde há pessoas que interajam com corrente elétrica. Em outras palavras, ela reúne um conjunto de parâmetros técnicos para o controle dos riscos quando o tema é eletricidade no trabalho.

A sua importância é imensurável para a indústria. Afinal, por se tratar de uma norma que tem embasamento técnico no quesito segurança do trabalho com eletricidade, ela mune as empresas e os colaboradores com informações valiosas de controle de riscos, o que reflete na redução do número de acidentes na indústria.

A NR 10 e as medidas de controle

Segundo essa norma, uma empresa que presta serviços com eletricidade precisa ficar seguir algumas medidas de controle, tais como:

  • as empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas de seus estabelecimentos, contendo as especificações do sistema de aterramento e demais dispositivos de proteção;
  • os estabelecimentos com carga instalada superior a 75kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas. Esse documento deve conter a documentação comprobatória da qualificação, assim como habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e treinamentos realizados.

A NR 10 e as medidas de proteção individual

Sobre as diretrizes que se relacionam com a proteção individual, de acordo com a NR 10:

  • as vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas;
  • é vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades;
  • nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas.

A NR 10 e as medidas de proteção coletiva

Além da proteção individual, a Norma Regulamentadora 10 também estipula diretrizes para assegurar a proteção coletiva em um ambiente ocupacional que envolve atividades com eletricidade. Dentre elas, podemos destacar:

  • o aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes. Na ausência desta, deve-se atender às normas internacionais vigentes;
  • as medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica, conforme estabelecido pela própria NR 10. Na sua impossibilidade, deve-se empregar a tensão de segurança.

Principais EPI’s para eletricistas

Veja, agora, quais são os principais EPI’s para que um eletricista consiga exercer suas atividades com os devidos riscos ocupacionais controlados.

Botas

Todos os EPI’s têm a sua importância, mas as botinas talvez sejam o principal equipamento de proteção para um eletricista. Isso porque elas conseguem fazer o devido isolamento elétrico caso o eletricista pise em alguma fonte energizada. Além disso, em algumas atividades industriais, elas evitam que o corpo humano sirva como um condutor “fio terra”, o que muitas vezes pode ser fatal para qualquer eletricista.

Capacete

A proteção na cabeça visa isolar eletricamente essa região, caso o eletricista a encoste em uma fonte elétrica. Vale ressaltar aqui que uma descarga elétrica recebida nas mãos, por exemplo, tem efeitos diferentes de quando é recebida na cabeça.

Isso porque se trata de um membro extremamente sensível e que contém órgãos imprescindíveis para a saúde humana. Então, um choque elétrico recebido na cabeça pode ser mais nocivo que se o contato fosse em outras partes do corpo, ainda que seja uma mesma tensão.

Luva de proteção

É simplesmente inimaginável pensar em um eletricista que não utilize luvas de proteção. Afinal, o isolamento elétrico das mãos é, simplesmente, indispensável para evitar a passagem de corrente elétrica para o restante do corpo. Logo, a profissão exige esse equipamento para o manuseio de peças, fontes e condutores energizados.

Manga isolante

Já a manga isolante é utilizada em conjunto com a luva em situações que envolvem serviços com tensão elevada. Nessas tarefas, a rigidez dielétrica do ar pode ser quebrada por uma determinada fonte ou condutor, o que representa um maior risco de choque nos membros e no restante do corpo do eletricista.

Outras medidas preventivas

Também, é interessante mencionarmos que as medidas preventivas capazes de promover a saúde e o conforto dos eletricistas não se resumem apenas aos EPI’s. Ainda há outras ações que beneficiam a segurança do trabalho, como:

  • comprar EPI’s de qualidade;
  • garantir que a equipe de trabalho se mantenha atualizada, com o fornecimento de cursos e palestras na área;
  • investir na contratação de profissionais capacitados na área e na infraestrutura do setor de segurança do trabalho;
  • conscientizar os colaboradores quanto à importância do uso de EPI’s. O que pode ser feito com a promoção de atividades recreativas e dinâmicas de grupo durante o expediente;
  • aumentar a fiscalização na fábrica, reduzindo as chances de os colaboradores se descuidarem e não usarem os EPI’s adequados.

Portanto, após a leitura deste post, percebemos que o EPI para eletricista é indispensável para quem busca por ambientes de trabalho mais seguros, confortáveis e, acima de tudo, confiáveis. Cabe ressaltarmos, ainda, que a segurança ocupacional de um eletricista não depende apenas do uso de EPI’s, ou seja, também é preciso ficar atento às ações preventivas complementares, como destacamos.

Quer aprender mais sobre o tema? Então, leia também sobre o plano de segurança no trabalho!

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