Riscos psicossociais no trabalho: conheça os principais!

riscos psicossociais no trabalho

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Em empresas, o ambiente e os relacionamentos entre as pessoas influenciam a qualidade das atividades. Quando o cenário com todos esses elementos é negativo, surgem os riscos psicossociais no trabalho. Ou seja, fatores que interferem na rotina da organização e dos colaboradores, afetando as pessoas de forma física, mental e social. 

Neste post, entenda quais são esses riscos. Veja também o que podem causar na empresa e como evitá-los. Boa leitura! 

Quais são os riscos psicossociais no trabalho? 

Os riscos psicossociais são de diferentes tipos. A seguir, confira alguns dos principais e como afetam o dia a dia dos trabalhadores. 

Cargas excessivas 

Considerando a parte física dos riscos psicossociais no trabalho, as cargas excessivas são um ponto que merece destaque. Elas podem ocorrer porque a empresa não oferece equipamentos corretos de proteção ou não aplicam um programa de segurança do trabalho, por meio do qual seu uso é cobrado e fiscalizado

Assim, isso pode acontecer especialmente em empresas que lidam com carregamento de peso, como organizações de logística e construtoras. Quanto ao resultado, a carga excessiva pode prejudicar os funcionários com condições variadas, como lesões graves de coluna ou acidentes

Insegurança 

A insegurança no trabalho também é um fator de risco. Ela pode ocorrer também por diferentes motivos. Por exemplo, pessoas que recebem salários atrasados ou não têm horas extras pagas se sentem frustradas e preocupadas quanto à sua condição financeira. 

Outro tipo de insegurança envolve a execução do trabalho. Quando um líder corta a liberdade da pessoa de realizar sua função, ela se sente insegura e “travada”, sem a possibilidade de fazer as suas tarefas e de atender as expectativas da empresa. 

Independentemente de qual tipo seja, a insegurança pode levar a condições graves, especialmente mentais. Por exemplo, depressão, TOC, síndrome do pânico e Burnout. 

Aliás, esta última já é considerada um grande problema, tendo sido reconhecida em 2022, pela OMS. Segundo reportagem do Jornal da USP, 30% dos funcionários brasileiros sofrem com esse esgotamento mental, sendo o país o segundo com mais casos. 

Cobrança exagerada 

A cobrança exagerada também contribui para as condições mentais. Ela aparece, por exemplo, quando a empresa estipula metas inalcançáveis ou dá um prazo muito curto para a realização das tarefas. Dessa forma, os funcionários se veem apressados e pressionados a terminar logo as obrigações, sem exatamente realizar suas funções com qualidade. 

Além disso, a cobrança exagerada pode vir do próprio colaborador. Por exemplo, em um ambiente com mentalidade altamente competitiva, os funcionários se pressionam para atender as demandas e alcançar benefícios, o que nem sempre faz bem. 

Falta de definição das funções 

Um funcionário perdido se sente sem rumo ou sobrecarregado na empresa. Isso pode acontecer quando ele assume um cargo e não tem suas funções definidas ou quando acumula tarefas em excesso ao longo do tempo. 

Nesse caso, por não saber o que lhe compete, pode haver sobrecarga de trabalho, frustração por “fazer demais” e não receber adequadamente, entre outras consequências. 

Assédio

Existem vários tipos de assédio, como o psicológico, o físico e o sexual. Além do sofrimento emocional, eles podem fazer a pessoa se sentir insegura, incapaz e desconfortável, sem confiar nos próprios colegas e líderes. 

Ambiente de trabalho ruim 

O ambiente favorece muito os riscos psicossociais no trabalho. Ele pode ser causado tanto pela empresa quanto pelos funcionários. Por isso, pode ser mais difícil de identificar. 

Por exemplo, quando em um departamento são os colegas que criam um ambiente ruim, com fofocas ou sentimentos como a inveja, trata-se de um problema pontual, relacionado às pessoas. 

Falta de participação e apoio 

A falta de apoio da empresa ou de seus líderes também é um risco considerável. Nesse caso, ela ocorre quando a organização só prioriza o trabalho e o rendimento do funcionário, sem se preocupar com a sua vida pessoal. Por exemplo, uma mãe com filhos doentes que não tem sua realidade levada em consideração. 

Já a falta de participação em decisões que podem afetar funcionários também é motivo para frustração. Um exemplo é quando o líder determina uma escala de trabalho sem considerar as diferentes necessidades dos colaboradores. 

Gestão mal feita 

A gestão mal feita pode ser um problema amplo, pois abrange vários detalhes do dia a dia. Sendo um dos principais riscos psicossociais no trabalho, ela afeta todo o relacionamento entre funcionário e organização, podendo resultar em consequências sérias para todos. 

O que os riscos psicossociais podem causar na empresa e como evitá-los? 

Para os funcionários, geralmente os riscos psicossociais se relacionam a alterações em sua saúde física e mental. No entanto, eles afetam a empresa de outras formas, como: 

  • comprometem a eficiência do trabalho; 
  • causam absenteísmo (afastamentos); 
  • promovem o presenteísmo (pessoas indo trabalhar doentes); 
  • favorecem um alto turnover ou a rotatividade de funcionários; 
  • influenciam na realização dos trabalhos e no cumprimento de metas; 
  • levam a maiores riscos de acidentes e custos com indenizações; 
  • geram uma imagem negativa para a empresa. 

Dessa forma, é essencial aplicar medidas, inclusive as mais simples, para evitar os riscos psicossociais no trabalho. Veja algumas dicas:

  • ouça os funcionários: uma empresa aberta a ouvir os pontos de vista de seus colaboradores consegue criar ambientes saudáveis e de respeito;
  • ofereça apoio mental e físico: disponibilidade de psicólogos para terapia e auxílio-academia são exemplos de apoio para manter a saúde da mente e do corpo;
  • promova treinamentos: capacitar as pessoas faz com que elas se sintam motivadas, possam crescer dentro da empresa e realizem bem suas tarefas;
  • crie um ambiente saudável: a empresa pode tomar medidas para um ambiente seguro e saudável, como medidas contra assédios, fofocas e bullying;
  • ajude as lideranças: os próprios líderes podem se sentir cobrados e repassar essa cobrança para outras pessoas. Por isso, é necessário orientá-los nos desafios da função;
  • garanta a liberdade: deixar que as pessoas realizem seu trabalho com liberdade as ajuda a ter mais controle e melhores perspectivas sobre aquilo que fazem;
  • escolha bônus inteligentes: bônus e benefícios que a pessoa possa usar como quiser são os mais valorizados, contribuindo para a imagem da empresa;
  • seja flexível: empresas que oferecem flexibilidade, como a opção de home office, podem colher bons resultados e criar dinâmicas saudáveis de trabalho. 

Os riscos psicossociais no trabalho existem e são sérios. Afinal, podem levar os funcionários a diversas condições mentais e físicas. Por isso, é essencial conhecê-los para saber identificá-los. A partir disso, é possível aplicar correções no trabalho, ajudar as pessoas e oferecer meios para que o ambiente seja saudável e produtivo. Isso favorece tanto os colaboradores quanto a própria organização. 

Gostou do post? Conhece outras medidas que ajudam no ambiente de trabalho? Conte nos comentários!

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