Também conhecida como a quarta revolução industrial, a indústria 4.0 refere-se a um marco tecnológico na história da humanidade. Tecnologia, evolução e informação são algumas das palavras-chave existentes por trás desse processo, com foco na automação e troca de dados que permite relacionar aspectos do mundo físico, digital e biológico.
Nesse contexto, temos nos deparado com avanços tecnológicos significativos no nosso dia a dia, sobretudo quando o assunto é mercado de trabalho. Exemplo disso é que robôs e máquinas já são capazes de desempenhar com maestria algumas tarefas humanas.
Quer entender melhor esse cenário? Acompanhe o post e conheça os principais avanços!
Contexto histórico da Indústria 4.0
A quarta revolução industrial surgiu na Alemanha, em 2012, e de lá para cá se tornou um tema bastante comentado no ramo da tecnologia, comunicação e informações, trazendo novidades significativas para essas áreas. Inclusive, nos Estados Unidos é comum se referir à indústria 4.0 como IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas), em referência a um dos principais avanços do setor.
Em território brasileiro, a indústria 4.0 já recebeu o nome de manufatura avançada, dando maior ênfase às produções do ramo industrial. Entretanto, independentemente da nomenclatura adotada, é fato que a quarta revolução nas indústrias se concentra em um elemento de maior destaque, assim como nas revoluções passadas.
A informação é esse elemento-chave da indústria 4.0. Na primeira revolução, eram as máquinas a vapor; na segunda, o destaque foi a mecanização industrial e, na terceira, os avanços eletrônicos, conforme descrevemos a seguir.
Primeira revolução industrial
O primeiro salto tecnológico na história da humanidade se deu no fim do século XVIII, com a energia mecânica e os motores a vapor. A locomotiva Maria Fumaça, movida à queima de carvão, é um dos símbolos desse período, que também revolucionou a indústria têxtil com produções cada vez mais velozes.
Segunda revolução industrial
O grande marco desse período foi a presença da eletricidade nas fábricas, fator essencial para impulsionar a produção em massa vigente nos dias de hoje. A linha de montagem de Henry Ford, na década de 1910, é um exemplo clássico dessa transformação.
Terceira revolução industrial
A terceira fase corresponde aos avanços eletrônicos e à informatização de vários setores, com mudanças que estão ocorrendo simultaneamente em vários lugares do mundo. A internet e mais recentemente os smartphones são grandes exemplos desse período.
Informação e tecnologia na indústria 4.0
No contexto atual, é a informação que está por trás do gerenciamento automatizado das máquinas, agora capazes de otimizar a produção e gerenciá-la a partir de indicadores específicos, muitas vezes, sem a necessidade da intervenção humana. É claro que essas transformações impactam diretamente a sociedade, sobretudo em se tratando de trabalho.
Tanto é que muita gente acredita que, nos novos formatos de trabalho, as tarefas humanas serão substituídas por robôs e maquinários, o que dispensaria a mão de obra dos trabalhadores. Contudo, não é bem assim. A ideia é justamente fazer uma readaptação dos setores, de modo que aquelas atividades manuais consideradas insalubres ou de alta periculosidade sejam realizadas por máquinas.
Já as atividades que envolvem desenvolvimento, tecnologia e pesquisa continuam sendo de responsabilidade humana. Obviamente, isso se reflete nos níveis de exigência do mercado industrial, que busca pessoas cada vez mais qualificadas e que estejam por dentro desse novo cenário.
Novidades e avanços da indústria 4.0
Em seguida, listamos alguns avanços da quarta revolução industrial que já são tendência na nossa sociedade.
Inteligência artificial
A inteligência artificial é um segmento da computação que objetiva simular a capacidade humana de raciocínio, tomada de decisão e resolução de problemas complexos. Tudo isso é feito por meio do uso de softwares desenvolvidos para testar a capacidade de automação em robôs e máquinas específicas.
Armazenamento em nuvem
Já bastante difundido atualmente, o armazenamento em nuvem consiste em um modelo de computação que armazena e gerencia dados de forma online. Esse modelo é operado por serviços fornecidos sob demanda, com capacidade específica e que permite o acesso dos dados que foram salvos na nuvem a qualquer momento e em qualquer lugar.
Big data
O big data é um amplo conjunto de dados rastreados por meio de empresas de cartão de crédito ou pela internet dos smartphones, por meio da localização do GPS, por exemplo. Esses dados são muito utilizados para segmentar a publicidade, já que estão relacionados ao modo de vida dos consumidores: como, quando, onde e, claro, o que compram.
Biologia sintética
Esse avanço reúne conhecimentos e técnicas das áreas da química, biologia e engenharia com foco na construção de novos componentes biológicos, tais como enzimas e células específicas, circuitos genéticos, entre outros.
Internet das coisas
Também já bastante difundido, o conceito de Internet of Things (IoT) ou internet das coisas explica as tendências de conexão de objetos do nosso dia a dia com a internet, de modo que possamos realizar várias funções de maneira automatizada. Alguns exemplos são os carros autônomos, capazes de guiar passageiros sem a intervenção humana, o que diminui o risco de acidentes.
Impressão 3D
As impressoras 3D se utilizam de materiais específicos para construir novas peças, como uma montagem completa. Já existem impressoras 3D para vários tipos de materiais, como plástico, metal e até comida.
Máquinas inteligentes
As máquinas inteligentes estão relacionadas aos conceitos de inteligência artificial e robótica. Esses avanços tecnológicos têm sido incorporados pelos setores industriais com foco na otimização do trabalho, na produção em massa e na busca por resultados mais eficientes.
Ao permitir que algumas tarefas sejam realizadas de forma automatizada, ou seja, sem a intervenção humana, os trabalhadores ficam livres para exercer outros serviços de utilidade em seus setores, como o gerenciamento de estoque e o controle das próprias máquinas.
Como vimos, a remodelação dos modos de trabalho pela indústria 4.0 não significa a extinção das atividades manuais. A intenção é justamente equilibrar essas duas forças potenciais para garantir maior produtividade e melhores resultados com mais segurança e uso racional dos recursos.
Por isso, alguns assuntos continuam sendo primordiais quando falamos em mercado de trabalho, como a conscientização sobre o uso dos famosos equipamentos de proteção individual (EPI’s). Mesmo no contexto da indústria 4.0, eles ainda são a melhor maneira de prevenir acidentes em serviços manuais, garantindo a integridade física e moral dos trabalhadores.
Já que falamos nisso, aproveite e leia também nosso post sobre a importância das mãos na rotina diária!