7 dicas para fazer inspeções de segurança de forma eficiente

inspeções de segurança

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As inspeções de segurança fazem parte da segurança do trabalho, e devem ser aplicadas em qualquer tipo de empresa. Afinal, por meio delas, é possível adaptar melhor o ambiente e as operações, tornando-as mais seguras e eficientes. 

Neste post, entenda o que são estas inspeções. Conheça também seus tipos e como aplicá-las. Boa leitura! 

O que são inspeções de segurança? 

A inspeção de segurança é uma ferramenta utilizada na área de Segurança do Trabalho. Essa vistoria é aplicada no ambiente de trabalho e também em suas atividades. Dessa forma, é possível gerar análises e propor ações. Assim, a empresa pode alcançar objetivos como: 

  • gerenciar práticas de alto risco; 
  • prevenir acidentes
  • evitar gastos decorrentes de acidentes de trabalho; 
  • validar práticas de segurança já implementadas; 
  • identificar e corrigir erros; 
  • solucionar situações potencialmente perigosas; 
  • conscientizar a equipe sobre cuidados; 
  • diminuir ocorrências de acidentes. 

Quais os tipos de inspeção? 

As inspeções de segurança são aplicadas com base em normas já estabelecidas, a fim de adequar o cotidiano da empresa aos padrões. Dessa forma, podem ser aplicadas de diferentes maneiras. A seguir, conheça seus tipos! 

Gerais 

Podendo ser realizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA –, a inspeção-geral investiga todos os ambientes e práticas da empresa. Quanto à frequência, pode ser aplicada conforme a necessidade, sem um padrão específico. 

Rotineiras 

Por ser de rotina, a inspeção deste tipo ocorre com muita frequência, podendo até ser diária. 

Ela analisa detalhes que possam estar fora do padrão, a fim de prevenir situações graves no futuro. 

Por exemplo, antes de uma equipe sair para um trabalho de risco em uma construção, ela pode ser aplicada, a fim de se checar se todos estão usando os EPIs necessários e corretamente. 

Oficiais 

As inspeções oficiais não são feitas por membros da empresa, mas como o nome já diz, por órgãos de fiscalização. Por exemplo, o Ministério do Trabalho e Emprego. 

Neste tipo, o fiscal busca por irregularidades. Por isso, pode analisar documentos, como relatórios da CIPA, e questionar funcionários sobre as práticas de segurança. Aliás, isso inclusive consta na Portaria nº 915, de 30 de julho de 2019, como no trecho: 

O empregador deve garantir à Inspeção do Trabalho amplo e irrestrito acesso a todos os documentos digitalizados ou nato digitais.

Periódicas 

A inspeção periódica pode ser aplicada para identificar desgastes naturais, que ocorrem com ferramentas e equipamentos. Neste caso, o objetivo dela é impedir acidentes e identificar se o componente ainda pode ser usado com segurança. 

Por exemplo, em um escritório, a checagem de equipamentos, como o ar-condicionado, é uma forma de inspeção periódica. Por meio dela, é possível verificar o funcionamento do aparelho, além de detalhes, como a falta de limpeza de filtros, que poderiam acarretar doenças respiratórias. 

Como fazer inspeções de segurança? 

Na prática, as inspeções de segurança devem ser feitas seguindo diversos detalhes. A seguir, confira 7 dos seus passos mais importantes! 

1. Conheça as normas 

Não se pode analisar uma situação crítica, sem entender o que é considerado normal ou arriscado no cenário da empresa. Por isso, existem várias normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho

Dessa forma, é preciso conhecer as gerais e as que estão relacionadas com as práticas da empresa, a fim de serem aplicadas corretamente. 

Por exemplo, a NR-37 trata da segurança e saúde em plataformas de petróleo. Já a NR-35 aborda a segurança em trabalhos nas alturas, como na construção de edifícios. Por sua vez, a NR-19 aborda procedimentos para quem trabalha com explosivos. 

2. Planeje os processos 

As inspeções de segurança envolvem muitos detalhes. Por isso, devem ser feitas com um excelente planejamento, já que contam com a colaboração de outras pessoas. 

Por exemplo, para começar, é preciso definir o que deve ser inspecionado, selecionando tudo o que é preciso ser analisado. Neste caso, avaliar registros de outras inspeções é uma boa forma de saber se novas medidas implementadas tiveram êxito, ou se problemas antigos persistem. 

Além disso, também é preciso entrar em contato com o responsável pelo departamento. Dessa forma, é possível marcar um horário e dia adequado, para que a operação não seja interrompida, mas possa ser avaliada. Aliás, com isso determinado, o responsável pode se preparar melhor para fornecer informações relevantes. 

3. Crie uma rotina 

Sabendo que algumas inspeções são feitas periodicamente, inclusive algumas diárias, é importante estabelecer uma rotina. Desta forma, segue-se uma ordem de checagem de itens, que ajuda a cobrir tudo o que for necessário. 

Outra vantagem é que quando a inspeção tiver que ser feita por outra pessoa, ela pode seguir o mesmo padrão, sem se perder. Com isso, os dados permanecem consistentes. 

4. Tenha uma equipe qualificada 

É preciso contar com uma boa equipe para realizar as inspeções de segurança. Afinal, seus membros são responsáveis por decisões essenciais para a segurança de todos. 

Assim, além de conhecer as normas, precisam ter um olhar voltado para os detalhes, bem como valorizar a segurança, não deixando passar potenciais riscos. Dessa forma, vale a pena investir em treinamento constante e avaliações dos próprios inspetores. 

5. Use um checklist 

Seja digital ou em uma planilha física, o checklist ajuda a pessoa que está fazendo a inspeção a não perder nenhum item. Assim, ele pode ser personalizado conforme a necessidade, contendo informações variadas. 

Por exemplo, uma inspeção feita no estoque de EPIs deve conter os dados da empresa e dos responsáveis pelo setor. Além disso, ela pode ter informações como: 

  • quantidade de EPIs disponíveis; 
  • prazo de validade de lotes de EPIs; 
  • tipos de EPIs utilizados; 
  • quantidade de equipamentos reserva. 

6. Defina ações corretivas imediatas 

Se algo errado for identificado em uma inspeção, a conduta ideal é realizar ações corretivas o mais rápido possível. Afinal, uma situação de risco pode se tornar um grande problema. 

Nesse caso, algumas serão mais fáceis e outras não. Por exemplo, ao ver um funcionário usando uma cadeira quebrada, pode-se na hora remover a peça e oferecer outra para que ele use. 

Já em situações mais complexas, como um equipamento inconsistente, mas necessário para operações, deve-se tomar as melhores medidas possíveis, o que nem sempre será fácil. 

Por exemplo, neste caso, pode ser necessário torná-lo inoperante, até que se possa enviá-lo para a manutenção ou fazer a troca por um novo. Embora isso prejudique a operação por algum tempo, o risco para a pessoa é eliminado, o que é a prioridade. 

7. Use tecnologia 

A tecnologia ajuda as inspeções de segurança de várias formas. Por exemplo, com ela a sua empresa pode: 

  • reunir dados históricos e ter cenários à disposição; 
  • criar rotinas automatizadas e checklists completos; 
  • registrar informações para todos os interessados acessarem; 
  • consultar normas de segurança; 
  • agendar inspeções. 

As inspeções de segurança em uma empresa são essenciais. Afinal, por meio delas, diversos problemas podem ser identificados e sanados. Além disso, elas ajudam a garantir um ambiente de trabalho e a realização de processos mais seguros e saudáveis para as pessoas. Assim, conhecendo seus tipos e seguindo nossas 7 dicas, você pode aplicá-las em sua empresa, sem deixar nenhum detalhe importante faltar! 

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