A contaminação de alimentos acontece quando eles têm contato com algum agente nocivo. A partir de seu consumo, a pessoa fica doente, podendo desenvolver quadros leves ou graves. Aliás, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, a OMS estima que 600 milhões de pessoas no mundo se contaminam a cada ano.
No post a seguir, confira os tipos de contaminação mais comuns. Saiba também medidas simples e práticas que ajudam a evitá-la. Boa leitura!
Quais são os tipos de contaminação de alimentos?
A contaminação de alimentos pode ocorrer em qualquer lugar. Em casa, quando a pessoa não lava bem as mãos para manipulá-los, em fábricas, no processo de produção, e em empresas, como nos refeitórios.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem mais de 250 DTHA – Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Elas são causadas por agentes como bactérias, vírus, parasitas, substâncias químicas, entre outros. A seguir, entenda melhor os tipos de contaminação.
Biológica
É a contaminação por organismos nocivos ou suas substâncias. Por exemplo, a cólera é uma doença causada pela toxina da bactéria Vibrio cholerae, transmitida por fezes, água e alimentos infectados.
Física
A contaminação física ocorre quando um elemento estranho entra em contato com o alimento. Por exemplo, o cabelo de uma pessoa, durante o preparo de refeições em um restaurante.
Nesse caso, esse componente pode ser um veículo para a transmissão de agentes biológicos nocivos. Outro exemplo é o pelo de animais encontrados na comida.
Química
A contaminação química pode ocorrer com substâncias ou toxinas, inclusive de origem natural. Por exemplo, o uso de peixes ou cogumelos que liberam toxinas em pratos culinários pode trazer riscos à saúde.
Há também a contaminação com agentes como agrotóxicos, metais pesados, conservantes, entre outros. Nesse caso, as substâncias podem ser proibidas ou permitidas, mas presentes em quantidades acima das estipuladas para a segurança do alimento.
Cruzada, acidental ou maliciosa
A contaminação de alimentos pode ocorrer pela combinação de um ou mais desses três tipos, o que é chamado de contaminação cruzada. Além disso, existe a contaminação acidental e a maliciosa.
No primeiro caso, ela é causada por algum erro involuntário ou acidente que favoreça a situação. Por exemplo, uma embalagem que foi deteriorada no transporte. Já o segundo ocorre quando alguém, intencionalmente, realiza uma ação que pode levar à contaminação do alimento.
Como evitar a contaminação de alimentos?
É possível tomar muitas medidas para evitar a contaminação de alimentos. Inclusive, algumas delas são bem simples de pôr em prática. A seguir, confira em detalhes as principais!
Uso de equipamentos de proteção
Existem diferentes orientações sobre a manipulação de alimentos. A Resolução n°216, de 15 de setembro de 2004, por exemplo, estipula que quem lida com alimentos deve adotar práticas que reduzam a possibilidade de contaminação.
Assim, além da antissepsia, é indicado o uso de EPIs, como luvas descartáveis. Nesse caso, uma possibilidade é a luva de polietileno gofrada, como o modelo da Volk do Brasil, que tem 26cm, é descartável e conta com resistência química EN374 – Tipo B, sendo indicada para uso em restaurantes, food service e indústria alimentícia.
Higienização de ambientes e alimentos
O processo de higienização é um dos mais importantes para evitar a contaminação, sendo feito de várias formas.
A higienização de alimentos deve ser realizada sempre antes do preparo, inclusive com o uso de soluções específicas descontaminantes.
Além disso, produtos saneantes também devem ser aplicados no tratamento de água, a fim de garantir a boa qualidade dela para uso. Assim, filtros e caixas d’água devem ser bem cuidados e limpos com frequência.
Outra necessidade é a limpeza dos ambientes. Segundo a Resolução n°126, o ambiente de preparo dos alimentos deve ser higienizado quantas vezes forem necessárias, inclusive logo depois do trabalho.
Por fim, a norma também aponta que os itens usados na higienização de instalações devem ser diferentes dos utilizados para limpeza de equipamentos ou utensílios que entram em contato com alimentos. Por exemplo, o pano utilizado na limpeza de uma batedeira não deve ser o mesmo utilizado para a limpeza de uma bancada.
Além disso, não é recomendado o uso de produtos aerossóis onde se manipula alimentos, pois há o risco de contaminação por seus resíduos.
Armazenamento adequado
O armazenamento de alimentos adequado também é essencial para evitar contaminações. Nesse caso, algumas práticas são essenciais.
- mantenha todos os alimentos em recipientes apropriados e fechados;
- entenda quais alimentos podem ser deixados em temperatura ambiente ou não;
- deixe alimentos crus, como carnes, separados de outros tipos;
- tenha despensas e prateleiras limpas e organizadas;
- utilize geladeiras e freezers com tamanho adequado para a correta separação dos alimentos;
- cuide do armazenamento de embalagens, garantindo sua limpeza e conformidade com o alimento pronto.
Respeito às instruções
Na hora da compra dos alimentos, é essencial verificar suas embalagens. Elas não podem estar quebradas, abertas nem estufadas — algo que pode indicar contaminação. Além disso, também devem estar devidamente rotuladas e com informações de fabricação e prazo de validade.
Depois da compra, é preciso seguir as indicações de consumo e armazenamento. Por exemplo, carnes devem ser mantidas em temperaturas entre 0°C e 4°C em câmaras frigoríficas, ou congeladas a -18°C.
Além disso, deve ser respeitado o prazo de validade e consumo. Se determinado alimento deve ser consumido em até 30 dias, mesmo sob refrigeração, é fundamental seguir essa indicação.
Outro aspecto importante é a própria manipulação. Ao abrir o alimento, é necessário conferir se o cheiro e o aspecto visual estão adequados. Caso haja algum elemento diferente, o melhor é entrar em contato com a indústria alimentícia e reportar o caso, sem consumir o produto.
A contaminação de alimentos é uma questão séria, pois pode deixar muitas pessoas gravemente doentes. Dessa forma, é importante conhecer seus tipos, a fim de entender quais agentes são nocivos. Também é preciso seguir algumas práticas para evitar contaminações, como cumprir as normas estipuladas e ter cuidados extras. Assim, é possível garantir a segurança e evitar acidentes e surtos.
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