A área de saúde e segurança no ambiente de trabalho (SST) é fundamental para prevenir acidentes e garantir o bem-estar dos colaboradores. Dois elementos centrais nesse trabalho são o ato inseguro e a condição insegura, que demandam práticas de prevenção e redução de riscos.
A diferença entre eles é que os atos são comportamentos dos próprios trabalhadores, enquanto as condições são provenientes do ambiente ou dos procedimentos a que os colaboradores são submetidos. Um bom trabalho das equipes de SST deve incluir essas duas fontes de riscos ocupacionais.
Continue a leitura para entender melhor cada uma delas, além de conferir uma lista de práticas que não podem faltar no setor de saúde e segurança do trabalho!
O que é um ato inseguro?
Na SST, atos inseguros são comportamentos dos trabalhadores que colocam em risco sua própria segurança e a dos colegas de trabalho, ou a integridade dos processos e equipamentos. Esses atos podem ocorrer devido à falta de conhecimento, descuido, pressa, desatenção ou até mesmo intencionalmente.
A palavra-chave para lidar com esses atos é conscientização. Veja alguns exemplos!
Fazer brincadeiras fora de hora
Brincadeiras no trabalho distraem, comprometem a concentração e criam um ambiente propenso a acidentes. A falta de seriedade durante as atividades laborais pode resultar em consequências negativas para a segurança e produtividade.
Consumir álcool e drogas
O consumo de substâncias intoxicantes no ambiente profissional prejudica a tomada de decisões, coordenação motora e foco. Além dos riscos à saúde, essa prática aumenta a probabilidade de acidentes e compromete a segurança coletiva.
Improvisar ou manusear ferramentas inadequadamente
A improvisação de ferramentas ou o manuseio incorreto aumenta significativamente o risco de acidentes e lesões. A utilização inadequada de equipamentos pode comprometer a eficácia das tarefas e colocar em perigo a integridade física dos trabalhadores.
Ter desatenção durante a operação
A falta de atenção ao operar máquinas ou executar tarefas pode resultar em erros críticos e acidentes. A concentração é essencial para garantir a segurança no ambiente de trabalho e prevenir incidentes prejudiciais.
Não seguir procedimentos de segurança
A negligência em aderir aos procedimentos estabelecidos aumenta os riscos de acidentes. Ignorar diretrizes de segurança compromete a proteção individual e coletiva, enfraquecendo as salvaguardas necessárias para um ambiente de trabalho seguro.
Ignorar os EPIs indicados
A não utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados expõe os trabalhadores a perigos potenciais. A falta de proteção adequada pode resultar em lesões graves e comprometer a saúde e segurança no local de trabalho.
Deixar de relatar condições perigosas
Não comunicar condições inseguras impede a identificação e correção precoce de riscos. A ausência de relatórios prejudica a capacidade da organização de implementar medidas preventivas, colocando em risco a saúde e segurança de todos.
O que é condição insegura?
A condição insegura, por sua vez, diz respeito às circunstâncias do ambiente que apresentam riscos aos trabalhadores. Isto é, elas não partem dos próprios colaboradores, e muitas vezes devem ser controladas pelo próprio empregador por meio de medidas de SST.
Estamos falando de falhas em equipamentos, instalações precárias, riscos inerentes a certos processos e outros fatores que aumentam a probabilidade de acidentes, lesões ou doenças ocupacionais.
Em geral, chamamos as condições inseguras de riscos ocupacionais. Eles se dividem em riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Confira um pouco sobre cada uma dessas categorias!
Riscos físicos
Relacionados a formas de energia presentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde do trabalhador, como:
- níveis elevados de ruído;
- vibrações provenientes de máquinas;
- radiações ionizantes e não ionizantes;
- temperaturas extremas;
- pressão anormal;
- umidade.
Riscos químicos
São aqueles relacionados à exposição a substâncias químicas que podem causar danos à saúde, seja por inalação, por contato térmico ou por ingestão. Incluímos aqui os produtos tóxicos, gases, poeiras, fumos e névoas com compostos químicos prejudiciais.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos, por sua vez, referem-se à exposição a microrganismos nocivos. Estamos falando de vírus, bactérias, fungos e protozoários, presentes principalmente em atividades laboratoriais, no contato com animais potencialmente portadores de doenças e na exposição a material biológico contaminado.
Riscos ergonômicos
Esses riscos incluem condições inadequadas de trabalho, seja no ambiente (físicas e organizacionais) ou na própria execução de processos, que causam desconforto físico e mental. A falta de atenção à ergonomia no trabalho pode levar ao desenvolvimento de doenças como a lesão por esforço repetitivo (LER) ou mesmo a problemas de ordem psicossocial. São exemplos:
- uso inadequado de mobiliário de escritório;
- esforço físico excessivo;
- trabalho em posições desconfortáveis;
- repetição constante de movimentos;
- condições causadoras de estresse etc.
Riscos mecânicos de acidentes
Por fim, os riscos de acidentes se referem a diversas situações que podem levar a quedas, colisões, cortes, entre outros. São alguns exemplos:
- máquinas e equipamentos sem manutenção regular;
- iluminação inadequada;
- probabilidade de incêndio ou explosão;
- armazenamento inadequado de materiais perigosos;
- trabalho em altura etc.
Como evitar atos e condições inseguras?
Para ter um ambiente de trabalho seguro e produtivo, é preciso identificar e corrigir atos inseguros e condições inseguras. Várias práticas são bem-vindas para alcançar esse objetivo. Inclusive, muitas delas são obrigatórias de acordo com normas de SST! Anote algumas das mais relevantes!
Iniciativas de conscientização sobre SST
É muito importante realizar um trabalho regular para sensibilizar os colaboradores sobre a importância de evitar atos inseguros. Entram aqui campanhas de SST, produção de material informativo, treinamentos frequentes e estabelecimento de procedimentos operacionais padrão (POP).
Inspeções e mapeamento de riscos
O mapa de risco é um instrumento de base para as práticas de SST. Ele fornece informações claras sobre as condições inseguras de determinado ambiente ou função e guiam a implementação de medidas preventivas.
Atendimento às normas regulamentares
Manter-se atualizado às normas regulamentares aplicáveis ao setor é fundamental não apenas para reduzir os riscos, mas também para garantir que a empresa esteja alinhada às diretrizes legais. Essas normas devem ser traduzidas em regulamentos, POPs e treinamentos.
Fornecimento de EPCs e EPIs adequados
Com o mapa de risco em mãos, a empresa pode determinar os equipamentos de proteção coletiva e individual necessários em cada área de trabalho. Para além do fornecimento, é preciso cuidar do treinamento dos colaboradores sobre o uso adequado, bem como ter atenção à manutenção e à qualidade desses equipamentos.
Investimento em sinalização de segurança
A sinalização eficaz alerta os trabalhadores sobre perigos iminentes, indicando áreas de risco, equipamentos perigosos ou atividades que requerem precauções especiais. O resultado é a prevenção de comportamentos arriscados, além, é claro, da conformidade com as normas.
Diante desta leitura, você viu que adotar medidas proativas para lidar com ato inseguro e condição insegura contribui significativamente para um ambiente de trabalho mais protegido e saudável. As práticas indicadas merecem atenção do setor de SST, mas também são responsabilidade de todos: a colaboração é essencial para manter um ambiente livre de riscos.
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