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Quando falamos da área de saúde, uma das principais preocupações é a biossegurança hospitalar. Ela é fundamental para a prevenção, eliminação ou minimização dos riscos relacionados às atividades que acontecem dentro de hospitais, laboratórios ou centros de saúde.
Tais riscos podem comprometer não apenas a saúde de quem atua no setor, mas também a dos pacientes que ali se encontram. Por isso, é importante tomar medidas de prevenção, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que visam proteger o trabalhador de possíveis contaminações.
Para ajudar você, preparamos este post que explica a importância de adotar tais medidas para a segurança de todas as pessoas envolvidas em um hospital. Continue a leitura e confira!
A biossegurança hospitalar
A biossegurança se conceitua por uma união de normas que foram criadas para determinar a segurança de quem trabalha nos hospitais e nas clínicas de saúde.
Essas regras e os procedimentos a serem seguidos têm por meta reduzir ou anular as possibilidades de contração de doenças, protegendo, dessa forma, os profissionais de saúde.
Ela se divide em Equipamentos de Proteção Coletiva e Equipamentos de Proteção Individual. Para que fique mais claro, observe este exemplo: uma pessoa trabalha em um hospital e atende um paciente que apresenta uma gripe mais séria, como o H1N1, ou um colaborador que tenha que manipular o sangue de alguém soropositivo.
Veja que, nos casos acima, é fundamental que os trabalhadores utilizem proteções para que não ocorra a possibilidade de contaminação. Essa proteção é garantida, afinal, pela biossegurança hospitalar.
Sua importância para combater agentes causadores de doenças
Como já dito, o ambiente da saúde apresenta um grande potencial de causar riscos à saúde das pessoas, notadamente dos profissionais envolvidos. São bactérias, vírus e agentes patogênicos, entre outros, capazes de causar algum dano ao trabalhador.
Por isso, é importante adotar medidas de segurança, treinar as equipes e cuidar das instalações de laboratórios de forma correta, para proteger todos os envolvidos. Vale ressaltar que essa é uma forma de prevenir a saúde também dos pacientes, uma vez que uma simples doença poderia tomar grandes proporções epidêmicas com sua disseminação.
Até mesmo pequenos hábitos são capazes de garantir uma maior segurança para as pessoas, como lavar as mãos antes de um atendimento.
Erros comuns de biossegurança em hospitais
Muitos dos incidentes que ocorrem em instituições hospitalares se devem ao comportamento inadequado dos colaboradores. Um exemplo é a higienização errada das mãos, que pode ser a porta de entrada para diversas doenças e infecções.
Existem normas específicas que tratam dessas precauções, porém muitos profissionais ainda as desconhecem. Daí a importância de mudar a cultura deles, para que tenham uma visão preventiva.
Outra questão desafiadora e bastante comum nessas instituições é a falta de disseminação de informação para todos os setores. Muitas vezes, isso ocorre devido à carência de profissionais para implantar mecanismos de biossegurança na saúde em diversas localidades do Brasil.
Isso implica também na falta de adequação de EPIs e infraestrutura. Os equipamentos englobam todos os itens responsáveis que visam proteger cada colaborador individualmente.
Os EPIs, além de diminuírem os riscos ambientais, evitam as doenças consideradas ocupacionais e os possíveis acidentes, promovendo o bem-estar dos trabalhadores. Assim, é fundamental que hospitais e clínicas adotem essas ferramentas para diminuir as chances de haver alguma contaminação.
O uso de EPIs para a redução de acidentes no ambiente hospitalar
O uso de Equipamentos de Proteção Individual é essencial para garantir a biossegurança hospitalar, já que são eles que vão prevenir a contaminação e a disseminação de microrganismos, fungos e bactérias que provocam doenças.
O EPI é definido pela Norma Regulamentadora n° 6 do MTE, como todo dispositivo de utilização individual por um colaborador. Ele se destina a protegê-lo de possíveis riscos que ameacem a segurança e a saúde no ambiente laboral.
Seu intuito é diminuir os riscos ambientais e proteger a integridade do indivíduo, a fim de promover a saúde e o bem-estar de quem atua na área. Confira alguns desses utensílios:
Luvas de proteção
As luvas de proteção têm a função de proteger as mãos do contato com materiais irritantes, tóxicos, contaminantes ou corrosivos.
No caso dos Hospitais, as principais luvas são as luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos não cirúrgicos.
Máscaras e Respiradores
O objetivo dos Respiradores é proteger contra substâncias tóxicas e gases — que, quando entram em contato com os pulmões, podem causar danos ao aparelho respiratório e graves intoxicações.
A utilização desse equipamento visa prevenir, ainda, agentes infecciosos encontrados em coletas de sangue. Ela também evita vapores intoxicantes provenientes de aerossóis e particulados.
Já a máscara de TNT não é considerada um EPI. Ou seja: não está sujeita ao Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho, mas seu uso no ambiente hospitalar exige aprovação e registro da Anvisa. Ela serve para proteger o usuário da inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir as vias respiratórias além minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo usuário.
Leia também: Respiradores descartáveis e máscara de tnt
Óculos
Tais óculos garantem a proteção dos olhos contra substâncias químicas e abrasivas, materiais infectantes, entre outros. Eles precisam ser feitos a partir de material transparente, de forma a simplificar a visualização do profissional em análises laboratoriais, por exemplo.
Leia também: Saiba quais são os tipos de óculos de proteção
Contribuição para a diminuição de riscos
A prevenção de acidentes laborais deve ser uma preocupação constante das instituições hospitalares e dos colaboradores envolvidos. As pessoas que trabalham nesse setor precisam levar em consideração a importância de se utilizar corretamente esses equipamentos e conhecer as normas relacionadas à biossegurança.
Tudo isso otimiza a segurança no ambiente hospitalar e possibilita a redução de danos para a saúde ocupacional. Tais pontos são de grande relevância, já que muitos trabalhadores da área da saúde se opõem ao uso de Equipamentos de Proteção Individual, não dando a devida importância ao risco de se infectarem.
Pensando em diminuir o número de acidentes dessa natureza, é necessária uma atuação expressiva e eficiente Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) — programa de trabalho dos profissionais da saúde que tem a meta de reduzir a exposição aos variados agentes infecciosos.
Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) nos locais de grande ocorrência também são imprescindíveis. Porém, torna-se preciso reconhecer todas as áreas hospitalares, bem como a epidemiologia do tipo de acidente em cada instituição.
Ressalta-se que, além dos EPIs necessários para garantir a saúde do trabalhador, a vacinação contra a AIDS e as hepatites B e C é uma forma prevenção. Enfim, essas são apenas algumas medidas necessárias que precisam ser implantadas nos hospitais.
Então, não deixe de buscar por outras soluções de biossegurança para uma proteção ainda mais completa de todos os colaboradores envolvidos na área.
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